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Argentina recebe desembolso do FMI no valor de US$ 2 bilhões

Com o recebimento desse valor, as reservas monetárias internacionais subiram para US$ 43,023 bilhões, segundo o Banco Central do país

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 4 de agosto de 2025 às 20h45.

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A Argentina recebeu nesta segunda-feira um desembolso no valor de US$ 2 bilhões como parte do programa de facilidades ampliadas assinado em abril com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que aprovou na última semana a primeira revisão do acordo com o país sul-americano.

Com o recebimento desse montante, as reservas monetárias internacionais da Argentina subiram para US$ 43,023 bilhões, segundo o Banco Central do país.

Na última quinta-feira, a diretoria do FMI aprovou a primeira revisão do acordo assinado em abril com a Argentina, apesar de o país não ter cumprido a meta de acumulação de reservas monetárias.

Com a aprovação da revisão correspondente ao segundo trimestre deste ano, o FMI deu sinal verde para transferir à Argentina o valor de US$ 2 bilhões.

Em 11 de abril, Argentina e FMI assinaram um programa que prevê empréstimos no valor total de US$ 20 bilhões, dos quais US$ 12 bilhões foram desembolsados imediatamente e permitiram ao país flexibilizar os controles cambiais.

A primeira revisão do cumprimento das metas do acordo foi realizada durante o mês de julho.

Em comunicado, o FMI destacou na última quinta-feira que a “sólida implementação de políticas apoiou uma transição suave para um regime cambial mais flexível, com inflação em queda e crescimento econômico contínuo”.

A diretoria executiva do FMI destacou os “compromissos” das autoridades argentinas “de proteger a âncora fiscal, melhorar o quadro monetário, recompor as reservas e impulsionar reformas que promovam o crescimento”.

Para a primeira revisão do programa, a Argentina cumpriu as metas de assistência nula do Banco Central ao Tesouro e em matéria de disciplina fiscal, mas não a meta de acumulação de reservas monetárias.

Ao aprovar a revisão, o FMI eliminou a meta de reservas líquidas do terceiro trimestre e reduziu em US$ 5 bilhões a meta para o final deste ano, quando as reservas líquidas do Banco Central deverão atingir um saldo negativo de US$ 2,6 bilhões.

A próxima revisão do programa está prevista para fevereiro de 2026.

Com 23 programas assinados com o FMI, a Argentina continua sendo o maior devedor do órgão.

De acordo com dados do FMI, a dívida da Argentina chegou atualmente a 40,26 bilhões de direitos especiais de saque (equivalentes a cerca de US$ 54,753 bilhões, 34% do total dos créditos pendentes de cobrança por parte do órgão), um montante que, com os novos empréstimos previstos, deverá crescer.

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