Economia

Argentina quer desbloqueio de pagamento de dívida

País pressionará um juiz dos Estados Unidos a permitir o pagamento de cupons aos detentores da dívida reestruturada como condição para negociar com credores


	Pesos argentinos: Argentina foi empurrada à beira de default por série de decisões de tribunais dos EUA
 (Diego Giudice/Bloomberg)

Pesos argentinos: Argentina foi empurrada à beira de default por série de decisões de tribunais dos EUA (Diego Giudice/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2014 às 12h37.

Buenos Aires - A Argentina pressionará um juiz dos Estados Unidos a permitir o pagamento de cupons aos detentores da dívida reestruturada do país como condição para negociar com os credores que estão processando o país em busca do pagamento total, disse nesta quarta-feira o chefe de gabinete Jorge Capitanitch.

A terceira maior economia da América Latina foi empurrada à beira de um novo default por uma série de decisões de tribunais dos Estados Unidos. As decisões forçaram o país a negociar com investidores que não aceitaram reestruturar seus títulos após a crise de dívida de 2002.

Mais de 92 por cento dos investidores do país aceitaram receber menos de 30 centavos para cada dólar nas restruturações de 2005 e 2010.

Os restantes recusaram esses termos e querem o total, mas dizem que estão dispostos a negociar.

O governo está enviando uma equipe a Nova York na semana que vem para determinar as condições de negociação por meio de um mediador selecionado pelos tribunais.

"Essas condições naturalmente vão incluir nosso objetivo de respeitar a reestruturação de 92,4 por cento de nossa dívida e gerar condições justas para todos os credores", afirmou Capitanich em entrevista coletiva. "Vamos à reunião com esse objetivo", acrescentou.

A Argentina tentou fazer pagamento de cupom da dívida reestruturada na segunda-feira, mas o desembolso foi bloqueado pelo juiz Thomas Griesa, em Nova York, que disse que o governo precisa chegar a um acordo com os credores antes que novos pagamentos dos títulos reestruturados possam ser realizados.

O país tem até o fim do mês para firmar o acordo, sob ameaça de declarar o segundo default soberano em 12 anos.

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