Economia

Argentina propõe boicote ao Reino Unido

Argentina pede a empresas do país que não comprem produtos do Reino Unido

O objetivo da proposta é impedir que siga reduzindo o superávit que a Argentina ainda mantém com o Reino Unido (Getty Images)

O objetivo da proposta é impedir que siga reduzindo o superávit que a Argentina ainda mantém com o Reino Unido (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2012 às 20h40.

Buenos Aires - O governo da Argentina propôs nesta terça-feira a um grupo de empresas argentinas e multinacionais que importam produtos e insumos do Reino Unido que substituam o país de origem de suas compras, informaram fontes oficiais.

O pedido foi feito pela ministra da Indústria, Débora Giorgi, por meio de contatos telefônicos com presidentes e gerentes dessas companhias, destacaram as fontes citadas pela agência estatal 'Télam'.

O objetivo da proposta, destacaram, é impedir que siga reduzindo o superávit que a Argentina ainda mantém com o Reino Unido e estabelecer políticas que privilegiem as relações comerciais com as nações que respeitam a integridade territorial, as reivindicações soberanas e os recursos que pertencem ao país sul-americano.

'É fundamental que a Argentina possa determinar quem são seus parceiros comerciais estratégicos e, nesse sentido, o governo também dá um sinal para os que ainda utilizam o colonialismo como uma forma de acessar os recursos naturais alheios', explicaram as fontes.

O governo fixou sua atenção no fato de que as importações do Reino Unido aumentaram 40% quando se compara o período janeiro-novembro de 2011 com o mesmo do ano anterior.

Nesse lapso de 2010, a Argentina importou produtos do Reino Unido por US$ 440 milhões e um ano mais tarde as compras cresceram para US$ 614 milhões.

Desta maneira, o país perdeu em um ano mais de 60% do saldo comercial favorável que mantém com o Reino Unido, que passou de US$ 274 milhões para US$ 104 milhões.

A proposta do governo argentino coincide com um aumento na tensão entre o país e o Reino Unido nas vésperas do 30º aniversário da guerra entre ambos pela soberania das ilhas Malvinas, que deixou cerca de 900 mortos. 

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