Economia

Argentina pede ações para reformar sistema financeiro

Chanceler argentino pediu mobilização do Mercosul para reformar o sistema financeiro internacional

O chanceler argentino, Héctor Timerman, é visto durante reunião do Mercosul, em Caracas (Federico Parra/AFP)

O chanceler argentino, Héctor Timerman, é visto durante reunião do Mercosul, em Caracas (Federico Parra/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2014 às 16h31.

Caracas - O chanceler argentino, Héctor Timerman, pediu nesta segunda-feira que seus colegas do Mercosul se mobilizem por uma reforma do sistema financeiro internacional "que impeça as ações" dos fundos especulativos.

"As ações dos fundos abutres devem nos mobilizar para trabalharmos de maneira decidida, conjunta e coordenada por uma profunda reforma do sistema financeiro internacional", disse Timerman na reunião de chanceleres do Mercosul antes da cúpula do de quarta-feira em Caracas.

A Argentina está próxima de uma nova moratória, caso não chegue a um acordo antes de quarta com os fundos especulativos no litígio dos títulos da dívida soberana.

Timerman, cujo país assumirá ma quarta-feira a presidência temporária do bloco, agradeceu ao Mercosul e a outras instâncias, como a Alba e a Celac, o "apoio incondicional" a seu país no caso dos fundos especulativos.

Vários fundos especulativos, chamados de "abutres" pela Argentina, ganharam um litígio na justiça americana, que ordenou o país a pagar aos demandantes antes de continuar cumprindo suas obrigações com os credores da dívida reestruturada em 2005 e 2010.

O chanceler argentino pediu que seus colegas "promovam a adoção de regras mais justas e equitativas para que os processos de reestruturação da dívida soberana empeçam a ação dos fundos abutres".

Além disso, Timerman elogiou as iniciativas adotadas na cúpula do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), como o banco de desenvolvimento com sede em Xangai, que será uma alternativa a instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI).

"É preciso redesenhar as instituições financeiras do pós-guerra, concebidas em outro contexto histórico no qual predominava a visão das nações desenvolvidas", completou o chanceler.

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