Argentina: país enfrenta graves problemas econômicos, como inflação e aumento da pobreza (Elijah-Lovkoff/Getty Images)
Publicado em 12 de abril de 2024 às 16h19.
Última atualização em 13 de abril de 2024 às 10h23.
A inflação na Argentina registrou aumento de 11% em março. Trata-se de um arrefecimento na comparação com fevereiro, quando o dado ficou em 13,2%, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos nesta sexta-feira, 12.
Nos últimos 12 meses, a inflação acumula alta de 287,9%. No primeiro trimestre deste ano, a alta foi de 51,6%.
O dado ficou abaixo da expectativa de mercado, que apontava para uma alta de preços por volta de 12% em março.
"A divisão com maior aumento no mês foi a de Educação (52,7%), por causa dos aumentos das cotas nos distintos níveis educacionais no início do ciclo letivo", apontou o INEC. "Seguiram Comunicação (15,9%), pelo aumento em serviços de telefonia e internet, e Moradia, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (13,3%), pelas altas no serviço de eletricidade."
Segundo o jornal Clarín, o presidente da Argentina, Javier Milei, e seu ministro da Economia, Luis Caputo, vinham insistindo que o dado inflacionário viria em um dígito, caso se excluísse da conta algumas rubricas específicas e o efeito de carregamento estatístico do final do governo de Alberto Fernández.
Segundo Caputo, em alguns itens, como alimentação, já ocorre um processo de desinflação.
Trata-se da terceira queda em relação às expectativas de mercado e em relação às tendências inflacionárias desde que Milei assumiu o governo e implantou medidas de austeridade fiscal duras para conter o desequilíbrio das contas públicas na Argentina.
Atualmente, o país tem a maior inflação global.