Economia

Argentina estende até 19 de junho prazo para negociar dívida

A extensão adicional ocorre enquanto o país e seus credores se aproximam de um acordo que ajudaria a evitar um impasse legal

Alberto Fernández: país conseguiu estender o prazo para a negociação da dívida (Agustin Marcarian/Reuters)

Alberto Fernández: país conseguiu estender o prazo para a negociação da dívida (Agustin Marcarian/Reuters)

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Reuters

Publicado em 12 de junho de 2020 às 17h18.

O governo da Argentina informou ter prorrogado até 19 de junho o prazo para negociar a reestruturação de uma dívida externa de US$ 65 bilhões, vencida nesta sexta-feira.

"A República continuou a manter discussões proativas com diferentes grupos de investidores, promoveu possíveis ajustes na troca de títulos de dívida e recebeu comentários de investidores, além de outras sugestões sobre maneiras diferentes de melhorar as cobranças, enquanto preserva seus objetivos de sustentabilidade da dívida", afirmou o governo em comunicado.

"A República está atualmente analisando essas sugestões para maximizar o apoio dos investidores", acrescentou.

A extensão adicional, anunciada em comunicado, ocorre enquanto a Argentina e seus credores se aproximam de um acordo que ajudaria a evitar um impasse legal depois que o país sul-americano atingido pela recessão anunciou um calote no pagamento de juros pela nona vez em maio.

O risco-país da Argentina, medido pelo banco JP.Morgan, caiu 35 pontos-base para 2.574 pontos, enquanto os títulos soberanos no mercado de balcão local subiram 0,9%.

Os bônus da Argentina, que caíram em 2019, aumentaram no mês passado à medida que as negociações avançavam, apesar da diferença entre o que o governo está disposto a pagar e o que os grupos de credores desejam. Fontes afirmam que o governo estaria disposto a chegar a um valor de 49 centavos por dólar de bônus reestruturado, mas os credores querem 55 centavos.

"No geral, acreditamos que os bônus argentinos têm mais espaço para se recuperar", escreveu Carlos de Sousa, da Oxford Economic, em nota na terça-feira.

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