Economia

Argentina diz estar "otimista" em diálogo com EUA sobre taxação do aço

Após conversa com representante americano, ministro argentino da Produção disse estar trabalhando para encontrar solução benéfica para os dois países

Aço: EUA suspendeu temporariamente tarifas extraordinárias sobre aço argentino, mas segue em negociação para acordo (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

Aço: EUA suspendeu temporariamente tarifas extraordinárias sobre aço argentino, mas segue em negociação para acordo (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

E

EFE

Publicado em 28 de março de 2018 às 19h19.

O governo da Argentina afirmou nesta quarta-feira estar "otimista" a respeito do diálogo com os Estados Unidos para conseguir um acordo sobre as tarifas extraordinárias impostas às importações de aço e alumínio.

O ministro da Produção argentino, Francisco Cabrera, conversou ontem sobre as tarifas com o responsável de Comércio Exterior dos Estados Unidos, Robert Lighthizer.

"Temos que ser prudentes e, ao mesmo tempo, otimistas. Estamos trabalhando muito de perto com o governo dos Estados Unidos para poder encontrar uma solução definitiva que sirva às duas partes", disse hoje Cabrera em comunicado divulgado pela sua pasta.

No último dia 8 de março, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que imporia tarifas extraordinárias de 10% às importações de alumínio e de 25% para as de aço.

Mas, na quinta-feira passada, Washington resolveu deixar temporariamente fora do aumento de tarifas a União Europeia (UE), a Austrália, a Argentina, a Coreia do Sul e o Brasil, que se somaram assim a uma lista de excluídos já integrada por Canadá e México.

A suspensão temporária das tarifas ficou submetida, no entanto, a conversas entre os Estados Unidos e os países desta lista.

"O diálogo é possível graças ao trabalho que viemos levando adiante com a nossa estratégia de inserção inteligente ao mundo. Desta maneira pudemos abrir uma via para poder negociar e tentar uma solução definitiva", comentou Cabrera.

"Temos que ser cautelosos, porque entendemos que isto ocorre no marco de um tema global, não só contra nosso país, pois todos os países estão envolvidos, mas acreditamos que nós não afetamos a produção local nos Estados Unidos, por isso temos chances de ser excluídos", completou.

Na Argentina, a taxa extraordinária anunciada pelos Estados Unidos afetaria fundamentalmente o grupo Techint, cuja subsidiária Tenaris é um dos maiores fabricantes mundiais de tubos de aço sem costura para a indústria petrolífera.

Acompanhe tudo sobre:acoArgentinaEstados Unidos (EUA)ExportaçõesImportações

Mais de Economia

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados