Economia

Argentina defenderá banco de desenvolvimento do BRICS

Cristina Kirchner viaja esta terça-feira a Brasília para participar de uma reunião ampliada do BRICS

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner: ela defenderá a criação do Banco de Desenvolvimento dos Brics (AFP)

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner: ela defenderá a criação do Banco de Desenvolvimento dos Brics (AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 16h52.

Buenos Aires - A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, viaja esta terça-feira a Brasília para participar de uma reunião ampliada do BRICS, onde apoiará a criação de um banco de desenvolvimento, deixando o governo nas mãos do vice-presidente Amado Boudou, indiciado por corrupção.

Kirchner partirá esta tarde a Brasília, convidada, como outros presidentes da Unasul, para a reunião dos líderes emergentes cuja VI Cúpula acontece em Fortaleza.

"Acreditamos que este é um encontro muito importante e o papel da presidente é um papel muito pró-ativo", declarou o chefe de gabinete argentino em uma coletiva de imprensa na Casa Rosada.

O coordenador de ministros do gabinete de Kirchner destacou a iniciativa dos líderes emergentes de criar um banco do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), como "uma importante ferramenta para impulsionar estratégias de desenvolvimento."

"Precisamos de bancos de desenvolvimento erigidos como ferramentas para o financiamento de obras de infraestruturas, para aumentar a competitividade, e não de bancos de desenvolvimento que funcionam como ferramenta extorsiva dos países mais desenvolvidos", disse o porta-voz do governo.

Para seus colegas, Kirchner "informará sobre a situação da dívida do país" e falará sobre a disputa na justiça de Nova York com os fundos especulativos.

Durante a sua ausência de 24 horas, o Poder Executivo argentino ficará a cargo de Boudou, o primeiro vice-presidente a ser processado ​​durante o exercício das suas funções.

Boudou foi acusado de ter ficado - por intermédio da empresa fantasma The Old Fund e de um testa-de-ferro -, com 70% da empresa Ciccone em troca de sua intervenção para evitar a quebra da firma. A Ciccone tem o monopólio da impressão do papel-moeda.

Além disso, o vice-presidente deve ser declarado na quarta-feira réu em outro caso, pela transferência de um automóvel adquirido por sua ex-mulher nos anos 90.

O juiz encarregado do caso adiou nesta terça-feira a audiência preliminar para 23 de julho.

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