Economia

Argentina chega a acordo com fundos para pagar dívida

No dia 5 de fevereiro, a nova administração do presidente Mauricio Macri apresentou uma oferta para abonar 6,5 bilhões de dólares a fundos "abutres"


	Fundos "abutres": "É um passo gigante para esse litígio de longa data, mas não é o passo final", acrescentou o mediador
 (Alejandro Pagni / AFP)

Fundos "abutres": "É um passo gigante para esse litígio de longa data, mas não é o passo final", acrescentou o mediador (Alejandro Pagni / AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 13h21.

A Argentina chegou a um princípio de acordo com o fundo NML Capital e outros credores para pagar 4,653 bilhões de dólares e pôr fim ao processo bilionário de Nova York por sua dívida em moratória desde 2001, anunciou nesta segunda-feira o mediador judicial do caso.

"As partes assinaram na noite passada um início de acordo depois de três meses de intensas negociações sob a minha supervisão", afirmou em comunicado o mediador Daniel Pollack, que informou que a Argentina pagará "aproximadamente 4,653 bilhões de dólares para saldar tudo o que é reclamado no distrito sul de Nova York e no mundo inteiro".

"É um passo gigante para esse litígio de longa data, mas não é o passo final", acrescentou o mediador, indicando que agora o Congresso argentino deve derrogar as leis que impediam um acordo desse tipo.

No dia 5 de fevereiro, a nova administração do presidente argentino Mauricio Macri apresentou uma oferta para abonar 6,5 bilhões de dólares (sobre um total de 9 bilhões) a fundos "abutres" e outros credores para pôr fim ao processo judicial da dívida em moratória desde 2001.

O EM Limited e o Montreux Partners, dois dos seis principais fundos especulativos que obtiveram sentenças favoráveis na justiça de Nova York, foram os primeiros a aceitar as ofertas de 849,2 milhões e 298,66 milhões de dólares, respectivamente.

Já o NML Capital e o Aurelius, que em 2012 conseguiram uma sentença favorável para cobrar uma dívida que hoje ultrapassa 1,75 bilhão de dólares, não haviam aceitado a proposta e continuam negocianco o acordo de hoje.

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