Argentina: inflação no país nos primeiros meses do ano acumulou alta de 36,6% (Getty Images/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 20 de março de 2024 às 06h39.
Com a maxidesvalorização do peso promovida pelo presidente da Argentina, Javier Milei, no fim do ano passado, os preços no país vizinho estão mais caros não só na moeda local, mas também em dólares. A inflação no país nos primeiros meses do ano acumulou alta de 36,6%. No Brasil, a cotação da moeda americana voltou a subir nesta semana. Ontem fechou em R$ 5,05.
Quando a moeda de um país se desvaloriza frente ao dólar, produtos importados ficam mais caros para os consumidores no mercado interno, mas uma comparação feita pelo jornal argentino La Nación mostra que a disparidade em dólares para alguns produtos vai muito além do câmbio. Envolve também impostos e outros fatores que encarecem produtos nos dois países.
O jornal comparou os preços em dólares de um item básico como o leite e de um dispositivo de alta tecnologia, um smartphone, na Argentina, no Brasil, na Espanha (que integra a Zona do euro, na União Europeia) e nos Estados Unidos, o país emissor da moeda mais importante do mundo.
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Também mostrou a comparação do preço do Big Mac, o sanduíche mais popular da rede McDonald’s e usado como referência pela revista britânica The Economist para esse tipo de comparação. No caso argentino, o câmbio adotado foi o blue, mais utilizado pelos cidadãos.
Em alguns casos, os preços são mais altos nos dois países latino-americanos, com o agravante de que, neles, o salário mínimo é bem mais baixo que nas duas nações desenvolvidas da comparação, feita pela consultoria Analytica.