Mauricio Macri, presidente da Argentina (Marcos Brindicci/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de dezembro de 2017 às 22h36.
Última atualização em 28 de dezembro de 2017 às 22h38.
Buenos Aires - Em uma mostra de que a desaceleração dos preços tem sido mais lenta do que o esperado, o governo da Argentina anunciou nesta quinta-feira novas metas de inflação: de 15% no próximo ano, de 10% em 2019 e de 5% em 2020. "Decidimos recalibrar as metas de inflação e atrasamos em um ano o nosso objetivo final de ter a inflação a 5%", disse o ministro das Finanças, Nicolas Dujovne, em uma coletiva de imprensa.
As novas metas de inflação do governo do presidente Maurício Macri estão em linha com os cálculos de economistas privados. A luta da administração contra a inflação - uma prioridade política chave - enfrentou desafios significativos porque eliminou subsídios em toda a economia e levantou os controles cambiais. O índice de preços ao consumidor (IPC) subiu cerca de 21% neste ano, acima da meta oficial de inflação de 17%.
As altas taxas de juros e uma ampla revisão da economia para lutar contra a inflação teimosamente alta também afetaram o consumo e o crescimento, alimentando protestos. Dujovne disse que a economia do país deve apresentar expansão entre 2,8% e 3,0% neste ano. Para os próximos anos, é esperado crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre 3,0% e 3,5%. Fonte: Dow Jones Newswires.