Economia

Argentina amplia acordo de swap em yuan e BC local intervém no câmbio, dias antes de eleição

Cenário no país latino-americano é de cautela nos mercados, antes do primeiro turno eleitoral

Argentina: moeda do país tem se desvalorizado diante de incessantes crises na economia (Elijah-Lovkoff/Getty Images)

Argentina: moeda do país tem se desvalorizado diante de incessantes crises na economia (Elijah-Lovkoff/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 18 de outubro de 2023 às 13h53.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, se reuniu nesta quarta-feira, 18, com o da China, Xi Jinping. Em sua conta no X (ex-Twitter), Fernández disse que Xi ratificou a ampliação do acordo de swap de 47 bilhões de yuans (US$ 6,5 bilhões) entre os dois países.

"É uma garantia para que a Argentina siga crescendo com produção e trabalho", afirmou o líder argentino.

Em comunicado, o Banco Central da República Argentina (BCRA) confirma a ativação da segunda parcela do acordo de swap cambial em yuans, "que podem ser aplicados a objetivos de desenvolvimento do comércio bilateral e para a estabilidade dos mercados financeiros na Argentina".

O presidente do BCRA, Michel Pesece, se reuniu com o do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), Pan Gongsheng.

O quadro no país latino-americano, porém, é de cautela nos mercados, antes do primeiro turno eleitoral marcado para domingo.

O ministro da Economia, Sergio Massa, também candidato governista na disputa, afirmou que a ampliação do acordo de swap com a China fortalece as reservas e dá "capacidade de manobra" ao BCRA nos mercados financeiros, bem como ajuda a "acelerar os pagamentos de importações", reportou o jornal Ámbito Financiero.

O mesmo diário comentava nesta quarta-feira, 18, que o dólar futuro tinha "baixa forte", enquanto diminuíam as expectativas de desvalorização cambial. No mercado paralelo, o chamado dólar blue recuava nesta manhã.

Já Martín Castellano, diretor de pesquisa em América Latina do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), comentou no X que o acordo com a China era, na sua avaliação, um empréstimo custoso de curto prazo, com usos limitados. Na avaliação dele, essa medida com foco no curto prazo "poderia retardar o ajuste e atender os próximos pagamentos ao FMI ao custo de desequilíbrios maiores em 2024".

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