Economia

Araújo diz que acordo entre UE e Mercosul deve sair até o fim do mês

O ministro afirmou que a negociação entre os dois blocos entrou na reta final

Ernesto Araújo: "Temos uma grande esperança de fechá-lo agora em junho, em reunião ministerial", disse o chanceler (Marcos Corrêa/PR/Divulgação)

Ernesto Araújo: "Temos uma grande esperança de fechá-lo agora em junho, em reunião ministerial", disse o chanceler (Marcos Corrêa/PR/Divulgação)

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EFE

Publicado em 6 de junho de 2019 às 21h37.

Buenos Aires — O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta quinta-feira, em Buenos Aires, que o acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE), negociado há quase 20 anos, deve ser fechado até o fim deste mês.

"Temos uma grande esperança de fechá-lo agora em junho, em reunião ministerial", disse o chanceler a jornalistas.

Araújo, que acompanha o presidente Jair Bolsonaro em visita ao presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou que a negociação entre os dois blocos entrou na reta final.

"Temos uma grande expectativa que (o acordo) pode ser possível em breve. Há um grupo pequeno de temas importantes que ainda existem, mas temos uma expectativa muito grande", disse o ministro, sem dar detalhes sobre quais são esses assuntos.

Os blocos começaram a explorar a possibilidade de firmar um tratado de livre-comércio em 1995, quando foi assinado um acordo de cooperação que entrou em vigor quatro anos depois. As negociações técnicas tiveram início em abril de 2000, também na Argentina.

Desde então, as equipes dos dois blocos realizaram mais de 30 rodadas de negociação, um processo longo que ficou paralisado por impasses durante vários anos. Os diálogos foram retomados pela última vez em maio de 2016, em Buenos Aires.

Araújo disse durante um encontro de Bolsonaro com empresários argentinos que a relação "revitalizada" entre os dois países, as maiores economias do Mercosul, também se refletirá no bloco.

"É um Mercosul que reencontra sua vocação original. Durante alguns anos, o Mercosul não foi um processo de integração, foi um processo de desintegração, que queria criar barreiras entre os membros e isolar a região do mundo", afirmou o chanceler.

O ministro ainda afirmou que o Mercosul vive agora a nova lógica de "uma real integração aberta", uma expressão que, segundo ele, era muito citada na época em que o bloco foi fundado, em 1991.

"O Mercosul requer eficiência no comércio entre os membros, mas também que seja uma plataforma de abertura e de eficiência para o resto do mundo, como se vê em negociações estratégicas que estão perto de concluir, como a com a União Europeia", ressaltou.

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