Economia

Após virar maior economia, China passará outro marco em 2015

Em 2014, a China se tornou a maior economia do mundo em paridade de poder de compra. Em 2015, deve passar por novo marco no campo dos investimentos


	Pedestre em escada rolante em Xangai
 (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

Pedestre em escada rolante em Xangai (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 12 de janeiro de 2015 às 12h24.

São Paulo - De acordo com projeções do Banco Mundial e um artigo de Joseph Stiglitz, a China já pode se gabar de ter a maior economia do mundo em paridade de poder de compra.

O governo do país não deve abraçar o título com entusiasmo e de qualquer forma, a economia chinesa ainda é metade da americana em termos nominais.

Só que nos últimos 20 anos, a China não só cresceu como mudou de perfil e atingiu novos marcos em áreas como energia limpa e comércio global

Em 2015, será a vez do investimento: o fluxo para fora do país deve superar o fluxo para dentro pela primeira vez na história, de acordo com dados da UNCTAD. Quem chamou a atenção para o número foi Kenneth Cukier, editor de dados da revista britânica The Economist. 

Isso não significa que os investidores desistiram de apostar no país: o dinheiro que entra continua crescendo. Em 2013, último ano para o qual há dados consolidados, a China recebeu US$ 124 bilhões em investimento estrangeiro direto, atrás apenas dos Estados Unidos.

A diferença foi o investimento chinês no exterior, que explodiu nos últimos anos. Depois de passar os anos 80 e 90 acumulando reservas, a China entrou na OMC e no século XXI promovendo a internacionalização de suas empresas e uma atuação externa mais agressiva (incluindo no Brasil).

Só de 2004 a 2009, o investimento estrangeiro direto chinês no mundo cresceu de US$ 6 bilhões por ano para mais de US$ 55 bilhões, segundo a UNCTAD. Em 2013, chegou a US$ 101 bilhões - o terceiro lugar mundial, atrás só do Japão e dos Estados Unidos.

Há poucos dias, o governo chinês anunciou que pretende investir US$ 250 bilhões na América Latina nos próximos 10 anos.

O país tem se mostrado disponível para ajudar países em situação problemática como Argentina e Venezuela, aproveitando a ocasião para aumentar sua influência na região.

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