Economia

Após vencer a esquerda na Grécia, Mitsotakis promete reduzir impostos

O novo primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis afirmou que apresentará, no final deste mês, um projeto de lei para reduzir os impostos da Grécia

Grécia: 40% dos membros de seu gabinete não tem experiência prévia de governo (Costas Baltas/Reuters)

Grécia: 40% dos membros de seu gabinete não tem experiência prévia de governo (Costas Baltas/Reuters)

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AFP

Publicado em 10 de julho de 2019 às 09h52.

Última atualização em 10 de julho de 2019 às 09h56.

O novo primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, anunciou nesta quarta-feira que, no fim do mês, apresentará um projeto de lei para reduzir a elevada carga fiscal, uma de suas principais promessas de campanha para recuperar a economia do país.

O chefe de Governo conservador, líder do partido Nova Democracia e vencedor das legislativas de domingo com maioria absoluta, presidiu seu primeiro conselho de ministros.

Uma "união criativa de políticos e tecnocratas", como definiu seu gabinete, no qual 40% dos integrantes são profissionais sem experiência prévia de governo.

Mitsotakis anunciou que uma de suas primeiras medidas será apresentar ao Parlamento, até 30 de julho, um projeto de lei "com as primeiras reduções de impostos que prometemos aos cidadãos".

Concretamente, o novo primeiro-ministro quer reduzir o imposto das empresas de 28 a 20%, o imposto sobre a renda e também o imposto sobre imóveis em 30%, um tema sensível em um país muito apegado à propriedade da residência principal.

Também quer reduzir em dois pontos as principais taxas do IVA, a 11% e 22%, contra as atuais 13% e 24%.

Todas as mudanças devem acontecer em um prazo de dois anos, de acordo com o planejamento do primeiro-ministro.

O objetivo de Mitsotakis é reduzir a pressão fiscal que durante a última década disparou na Grécia, o que prejudicou a renda das famílias e a atividade econômica em geral.

Os aumentos de impostos dos últimos anos foram exigências dos credores internacionais, que desde 2010 aprovaram três planos de resgate para evitar que o país afundasse em uma gigantesca crise da dívida pública.

O objetivo da pressão fiscal era garantir finanças públicas saneadas para o Estado grego.

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