Economia

Após três altas, IBGE deve divulgar queda na indústria em novembro

Diminuição das vendas do setor automotivo contribuiu para estimativas negativas de bancos e consultorias

Montadoras: em novembro, a produção de veículos caiu 7,1% em relação ao mesmo período de 2018 (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Montadoras: em novembro, a produção de veículos caiu 7,1% em relação ao mesmo período de 2018 (Rodolfo Buhrer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2020 às 06h17.

Última atualização em 9 de janeiro de 2020 às 06h40.

São Paulo — A indústria pode começar o ano com uma notícia nada positiva. Após três meses de alta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentará os resultados da produção no mês de novembro, que devem ser de queda. As estimativas de bancos e consultorias variam, mas a diminuição da produção deve ficar em torno de 0,6% em comparação ao resultado apresentado em outubro, segundo média de relatórios obtidos por EXAME.

Algumas instituições estão ainda mais pessimistas. O Bradesco estima que a produção industrial de novembro será 1,4% menor do que a de outubro e 1,9% em comparação com novembro de 2018. O banco ABC Brasil prevê um recuo de 1,8% na base anual. O vilão para mais uma queda? O setor automotivo.

Em novembro, a produção de veículos caiu 7,1% em relação ao mesmo período de 2018, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. Entre as razões da queda estão a baixa nas exportações. A crise na Argentina, que é o principal comprador da indústria brasileira, foi a maior responsável: redução de 7,9% no mês.

A queda servirá para confirmar a situação ainda dramática da indústria em 2019. Segundo dados do IBGE, até outubro, a produção industrial acumula queda de 1,3% em doze meses. E mesmo com os resultados negativos, a produtividade da indústria segue patinando.

Um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria, divulgado em outubro, apontou que a produtividade da indústria subiu apenas 0,8% em 2018 – e em momentos conturbados como o atual, seria importante que a própria indústria tomasse mais atitudes para sair do seu conhecido atraso.

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