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Após tarifaço, déficit comercial dos EUA cai em junho com a queda das importações

Resultado ficou em US$ 60,2 bilhões, um pouco melhor do que o previsto pelos analistas, e representou uma redução de 16% em relação a maio

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Agência de notícias

Publicado em 5 de agosto de 2025 às 14h34.

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O déficit comercial dos Estados Unidos diminuiu consideravelmente em junho, por causa de uma forte queda das importações, enquanto as empresas lidavam com as tarifas alfandegárias impostas pelo presidente Donald Trump.

A balança comercial de bens e serviços americanos registrou uma redução do déficit para US$ 60,2 bilhões (aproximadamente R$ 328,4 bilhões, em valores da época), segundo dados do Departamento do Comércio. Isto representou uma redução de 16% em relação a maio.

O resultado é levemente melhor do que o previsto pelos analistas, que esperavam para junho um déficit comercial — a diferença entre importações e exportações — de US$ 61 bilhões (aproximadamente R$ 332,8 bilhões), segundo o consenso publicado pela MarketWatch.

Em abril, Trump impôs uma tarifa de 10% para a maioria dos parceiros comerciais dos Estados Unidos e também aplicou taxas muito mais altas para o aço, o alumínio e os automóveis.

A queda das importações de bens, de 3,7%, representou a quase totalidade da redução do déficit comercial. Esta queda foi registrada sobretudo em produtos farmacêuticos, no setor automotivo e no petróleo, que foram ameaçados ou aos quais foram aplicadas tarifas, e nos quais os custos de produção foram reduzidos.

As exportações americanas também diminuíram, embora em menor medida (-0,5%), uma queda que afetou principalmente o ouro e outros metais. Ao contrário, as exportações de maquinário e aviões civis aumentaram.

Por distribuição geográfica, o déficit comercial com a China diminuiu em US$ 4,6 bilhões (R$ 25 bilhões) para US$ 9,4 bilhões (R$ 51 bilhões), o que indica uma desaceleração do comércio entre os dois países.

Em abril, Washington e Pequim adotaram tarifas progressivas sobre seus respectivos produtos, alcançando os três dígitos e obstruindo as cadeias de abastecimento entre as duas maiores economias do mundo. Mas em maio, ambos chegaram a um acordo temporário até 12 de agosto para reduzir estas tarifas.

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