Economia

Após suspensão do empréstimo consignado, novo teto deve ficar entre 1,94% e 1,99%

Sem consenso entre os ministros, caberá ao presidente Lula bater o martelo sobre o limite da taxa no empréstimo a aposentados e pensionistas

Lula: decisão sobre crédito consignado ficará nas mãos do presidente (Joédson Alves/Agência Brasil)

Lula: decisão sobre crédito consignado ficará nas mãos do presidente (Joédson Alves/Agência Brasil)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 28 de março de 2023 às 11h37.

Sem consenso entre os ministros, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva bater o martelo sobre o novo teto do consignado para aposentados e pensionistas. A expectativa é que o presidente tome a decisão antes da reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), prevista para o início da tarde desta terça-feira. O colegiado tem a prerrogativa legal de arbitrar sobre o assunto.

Segundo técnicos envolvidos nas discussões, o teto deve ficar entre 1,94% ao mês e 1,99%. As negociações entre representantes dos bancos e o Ministério da Fazenda indicam um percentual de 1,99% para que a linha de crédito seja reaberta aos beneficiários do INSS.

Já os aposentados, em carta enviada ao ministro da Previdência, Carlos Lupi, defendem 1,90% ao mês. Auxiliares de Lupi afirmam que o ministro também deseja algo abaixo de 1,99%. A reunião entre os ministros na noite dessa segunda-feira terminou sem acordo.

Por que estão falando de empréstimo consignado?

O empréstimo consignado está suspenso há 13 dias, após Lupi ter aprovado no CNPS redução do teto dos juros de 2,14% ao mês para 1,70%. Os bancos têm participação no colegiado, mas perderam na votação. O governo tem maioria dos assentos.

Os bancos alegam que mesmo com a alta no teto dos juros de 1,70% para 1,99% haveria redução na oferta dessa modalidade de crédito. Mas com esse percentual, as instituições financeiras retomariam as operações.

Antes da suspensão, 16 bancos tinham taxa abaixo de 1,94%; cinco entre 1,94% e 1,99%; e outros 18 acima disso. Confira abaixo:

  • CBB Brasil - 1,35% ao mês
  • Siccob - 1,64% a.m.
  • BRB - 1,67% a.m.
  • Cetelem - 1,68% a.m.
  • Via Certa Financiadora - 1,72% a.m.
  • Sicredi - 1,75% a.m.
  • Banco Inbursa - 1,79% a.m.
  • Banco Inter - 1,79% a.m.
  • Financ Alfa - 1,81% a. m.
  • Bco Industrial do Brasil - 1,85% a.m.
  • Banco Bari - 1,85% a.m.
  • Crefisa - 1,87% a.m.
  • Caixa Econômica Federal - 1,87% a.m.
  • Bradesco Financ. - 1,89% a.m.
  • Parati - 1,90% a.m.
  • Banco da Amazônia - 1,90% a.m.
  • Banco do Brasil - 1,95% a.m.
  • Banestes - 1,97% a.m.
  • Bco do Estado do RS S.A.- 1,99%a.m.
  • Agibank - 1,99% a.m.
  • Santander (Brasil) - 1,99% a.m.
  • Paraná - 2,00% a.m.
  • Paulista - 2,01% a.m.
  • Banco C6 - 2,02% a.m.
  • Bradesco - 2,03% a.m.
  • Bco do Nordeste do Brasil - 2,03% a.m.
  • HS Financeira - 2,04% .m.
  • Banco BMG - 2,05% a.m.
  • Crediare - 2,05% a.m.
  • Facta S.A. - 2,06% a.m.
  • Daycoval - 2,07% a.m.
  • Gazincred - 2,08% a.m.
  • Itaú Unibanco - 2,10% a.m.
  • Banco Itaú Consignado - 2,11% a.m.
  • Mercantil do Brasil - 2,11% a.m.
  • Safra - 2,11% a.m.
  • Bco do Estado de Sergipe - 2,12%
  • Banco Pan - 2,13% a.m.
  • Zema - 2,15% a.m.
Acompanhe tudo sobre:Crédito consignadoINSSGoverno Lula

Mais de Economia

ONS recomenda adoção do horário de verão para 'desestressar' sistema

Yellen considera decisão do Fed de reduzir juros 'sinal muito positivo'

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

Senado aprova 'Acredita', com crédito para CadÚnico e Desenrola para MEIs