Economia

Após repercussão de reajuste, Bolsonaro diz que não vai interferir na Petrobras

Em linha com a alta do preço do petróleo no mercado internacional, a estatal anunciou mais um aumento para seus produtos, que vigoram a partir da terça-feira, 9

 (Rickey Rogers/Reuters)

(Rickey Rogers/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de fevereiro de 2021 às 18h29.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2021 às 21h17.

Em meio à pressão por conta de um novo reajuste nos preços dos combustíveis, o presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a dizer nesta segunda-feira, 8, que o governo não pode interferir na Petrobras. No período da tarde, ele se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e demais membros da equipe econômica para tratar sobre aumentos anunciados nesta segunda pela estatal nos preços médios de venda às distribuidoras da gasolina, diesel e GLP, gás de cozinha, que deverão vigorar a partir da terça-feira, 9.

"Hoje estávamos reunidos com a equipe econômica do Paulo Guedes vendo a questão do impacto desse novo reajuste no combustível ao qual nós não temos como interferir e não pensamos em interferir na Petrobras", disse em evento no Palácio do Planalto.

Bolsonaro citou que o senador e ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello (Prós-AL), também participou do encontro.

"Temos um cuidado muito grande com mercado, com investidores e com contratos, que têm que ser respeitados", disse Bolsonaro.

lsona "O ideal - tenho conversado com Roberto Campos Neto (presidente do Banco Central) - é o dólar baixar. Mas baixa como? Com o parlamento em grande parte colaborando na votação de projetos que possam realmente mostrar que nós temos responsabilidade", disse.

De acordo com o presidente, ao mostrar essa responsabilidade, o dólar "baixa automaticamente". O chefe do Executivo cumprimentou parlamentares e defendeu o alinhamento com o parlamento. "Os poderes são independentes, mas nós, Executivo e Legislativo, trabalhamos afinados, como se fosse um só poder", disse.

Bolsonaro chegou ao evento acompanhado do ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) e do atual chefe da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Plataforma

O chefe do Executivo participou nesta segunda-feira do lançamento da plataforma digital "Participa + Brasil", iniciativa da Secretaria de Governo para promover participação social e transparência.

No portal, o cidadão poderá, mediante identificação, ter acesso à agenda de audiência públicas, participar em consultas públicas e consultar informações dos colegiados da administração pública federal, como conselhos nacionais e comissões especiais. O indivíduo também poderá enviar sugestões aos órgãos federais.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraGás e combustíveisGasolinaGoverno BolsonaroJair BolsonaroPetrobrasPetróleoPreçosReajustes de preços

Mais de Economia

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos

Arrecadação federal soma R$ 248 bilhões em outubro e bate recorde para o mês