Economia

Economista Guido Sandleris é o novo presidente do BC da Argentina

Esta foi a segunda renúncia de um presidente do banco central em menos de quatro meses, em meio a negociações com o FMI para a extensão do acordo

Novo presidente do Banco CEntral da Argentina, Guido Sandleris (Stringer/Reuters)

Novo presidente do Banco CEntral da Argentina, Guido Sandleris (Stringer/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 25 de setembro de 2018 às 11h43.

Última atualização em 25 de setembro de 2018 às 12h35.

Buenos Aires - O economista Guido Sandleris foi escolhido como novo presidente do Banco Central da Argentina (BCRA), cargo até então ocupado por Luis Caputo, que renunciou nesta terça-feira.

Especialista em economia internacional, finanças e macroeconomia e com uma longa carreira acadêmica, Sandleris foi secretário de política econômica do Ministério da Fazenda até meados deste ano.

Caputo renunciou ao cargo por "motivos pessoais" em meio à crise econômica do país. O governo argentino tenta fechar um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para fortalecer o compromisso assinado em junho, que contempla um crédito de US$ 50 bilhões.

No comunicado que oficializa a nomeação de Sandleris, a presidência argentina confirmou que Gustavo Enrique Cañonero continuará como vice-presidente do Banco Central.

Graduado em Economia pela Universidade de Buenos Aires, mestre pela London School of Economics e doutor pela Universidade Columbia em 2005, o novo presidente do órgão passou a integrar o governo de Mauricio Macri em 2017, quando foi nomeado chefe de assessores do Ministério da Fazenda.

Em 2016, Sandleris foi subsecretário de Finanças da província de Buenos Aires. Desde 2007, é professor na Universidade Torcuato Di Tella, onde até 2015 dirigiu o Centro de Pesquisa em Finanças e foi decano da Escola de Negócios entre 2014 e 2015.

Sandleris foi docente na Johns Hopkins University e professor visitante no London School of Economics e na Universidade dos Andes, assim como pesquisador visitante no Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de Mineápolis, no Banco Central de Chile, na PUC-Rio, no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e no FMI.

Repercussão

Em nota oficial, o FMI disse que espera continuar mantendo uma relação "próxima e construtiva" com o Banco Central argentino na liderança de Sandleris e que as novas negociações entre a entidade e o governo devem ser concluídas "em breve".

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaBanco CentralCrise econômicaFMIMauricio Macri

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo