Economia

Após queda das ações da Petrobras, Lula encontra presidente da estatal nesta segunda

Encontro entre os dois deve abordar o último balanço da petroleira, que decidiu não distribuir dividendos extraordinários a acionistas

O encontro está marcado para 15h e deve abordar o último balanço da petroleira (Ricardo Stuckert / PR/Flickr)

O encontro está marcado para 15h e deve abordar o último balanço da petroleira (Ricardo Stuckert / PR/Flickr)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 11 de março de 2024 às 06h55.

Última atualização em 11 de março de 2024 às 07h21.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne nesta segunda-feira, 11, com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. O encontro está marcado para 15h e deve abordar o último balanço da petroleira, que decidiu não distribuir dividendos extraordinários a acionistas.

A estatal teve um lucro líquido de R$ 31,04 bilhões no quarto trimestre de 2023, uma queda de 28,4% frente aos R$ 43,34 bilhões registrados no mesmo período do ano passado de 2022. Já no ano inteiro de 2023, o lucro líquido foi de R$ 124,6 bilhões, o segundo maior da história da empresa. Mesmo assim, o Conselho de Administração decidiu não aprovar a distribuição de proventos extras.

Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em uma queda marcada, sobretudo, pela frustração do mercado com a petroleira. A consequência foi uma forte desvalorização dos papéis, que se arrastou desde o pós-mercado dos Estados Unidos. As ações da Petrobras, que eram vendidas a R$ 40,50 reais no fechamento do mercado na quinta-feira, abriram em queda na sexta e terminaram cotadas a R$ 36,30.

Em reunião com investidores, Prates explicitou a divisão no Conselho de Administração da empresa em relação ao pagamento dos dividendos. Existia a perspectiva no mercado financeiro de que a estatal distribuiria ao menos 50% dos dividendos extraordinários, mas e empresa decidiu reter esse repasse.

"As atas (da reunião do Conselho) são públicas. Os conselheiros do governo votaram por 100% (dos dividendos extraordinários) para reserva. Os conselheiros privados votaram por 100% da distribuição. E eu, como presidente, me abstive de votar, porque não faria diferença para o resultado, e acompanhei o voto da minha diretoria que propôs 50%-50% (a diretoria não participa do Conselho, apenas faz a proposta para a votação)", afirmou Prates.

(Com O Globo)

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