(Towfiqu Photography/Getty Images)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 3 de outubro de 2023 às 10h44.
Após o Congresso aprovar a limitação dos juros do rotativo do cartão de crédito a 100% ao ano, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou, em nota, que continuará envolvida nos debates com o governo e o Legislativo para discutir medidas que possam enfrentar o alto custo do crédito no país.
"A aprovação do projeto de lei pelo Congresso representa contribuição importante do Parlamento para discutirmos efetivamente as causas do elevado spread no Brasil. Nesse sentido, no prazo de 90 dias, a Febraban participará de discussões técnicas, em postura colaborativa com a indústria de cartões, o Ministério da Fazenda, o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central", informou a Febraban.
Segundo a entidade que representa os bancos, apesar de o tema ser muito complexo, o setor está confiante de que a indústria de cartões, juntamente com o regulador e o governo, "terá sucesso em promover evoluções materiais na dinâmica do cartão de crédito".
Também em nota, a Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs) informou que não há solução única para a questão do custo do crédito rotativo que, dada a sua complexidade, e exige que as iniciativas mapeadas pelos diversos participantes do setor sejam discutidas de maneira técnica por todo o mercado, com acompanhamento do Banco Central.
"A Associação entende que, dessa forma, é possível viabilizar uma proposta de redução gradual e orgânica das taxas de juros, evitando ao máximo gerar impactos para os participantes do setor, para a economia e principalmente para o consumidor", pontuou em nota.