Economia

Após 'licença' para gastar de Guedes, Bolsonaro diz que não vai furar teto

Presidente não explicou como pagamento de benefício no valor de R$ 400 será feito

 (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

(Marcos Corrêa/PR/Flickr)

AO

Agência O Globo

Publicado em 21 de outubro de 2021 às 12h06.

Última atualização em 21 de outubro de 2021 às 12h15.

Uma dia após o ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmar que o Auxílio Brasil de R$ 400 deverá ser pago em parte fora do teto de gastos, o presidente Jair Bolsonaro insistiu que o programa será feito dentro do teto, apesar de não explicar como.

— O que nós decidimos? Passar todos para no mínimo 400 reais. Isso tudo com responsabilidade. Ninguém está furando teto, não — disse Bolsonaro, durante inauguração de trecho da transposição do Rio São Francisco, em São João de Piranhas (PB).

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Na quarta-feira, Bolsonaro já havia dito que "ninguém vai furar teto" nem fazer "nenhuma estripulia no Orçamento".

Entretanto, horas depois disse que o governo deve pedir o que chamou de "waiver" (suspensão da regra) para gastar mais de maneira temporária. O ministro também confirmou que esse "waiver" seria de "pouco mais" de  R$ 30 bilhões fora do teto, como insiste a equipe econômica.

— Como nós queremos essa camada de proteção para os mais frágeis, nós pediríamos que isso viesse como um waiver, para atenuar o impacto socioeconômico da pandemia. Estamos ainda finalizando, vendo se conseguimos compatibilizar isso — disse o ministro.

Guedes disse que o governo também estudou a possibilidade de antecipar a revisão do teto de gastos, prevista para 2026, para pagar o benefício. Ele não deixou claro se essa possibilidade foi descartada. O ministro falou em "sincronização de despesas", que pode ser a revisão do índice de correção do teto (hoje o IPCA).

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