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Após dólar a R$ 5,99, Haddad diz ser preciso colocar em xeque profecias não realizadas do mercado

Rui Costa diz que IR isento para quem recebe até R$ 5 mil foi promessa de campanha de Lula

 (Diogo Zacarias/Flickr)

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Agência o Globo
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Publicado em 28 de novembro de 2024 às 10h55.

Última atualização em 28 de novembro de 2024 às 11h00.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não acredita em "bala de prata" e que o mercado financeiro precisa fazer uma releitura e colocar em xeque "profecias não realizadas" em relação a projeções de crescimento econômico e de resultado primário. Com a repercussão negativa do pacote de ajuste fiscal, o dólar chegou a bater R$ 5,99 na manhã desta quinta-feira.

"É preciso colocar em xeque as profecias não realizadas. Crescimento de 1,5%, vai ser de crescimento de 3,5%. O mercado tem que fazer releitura do que o governo está fazendo. Tanto no crescimento e no déficit o mercado errou".

Segundo Haddad, o trabalho de ajuste não se encerra com o pacote.

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"Não acredito em bala de prata. Nós não vamos resolver dez anos de déficit primário de um ano para o outro. Estou satisfeito com resultado deste ano".

O ministro ainda afirmou que o pronunciamento que anunciou o pacote foi pedido do presidente e que todos os ministros da Junta de Execução Orçamentária (JEO) estão sintonizados para reforçar o arcabouço fiscal. Ele disse que o governo avaliou o ganho de médio prazo que vai ter o risco de não aprovação no Congresso Nacional.

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"Às vezes, um medida como colocar pé de meia dentro do orçamento de educação do que uma mudança até 2028 e 2029 do indexador da vinculação. Às vezes o orçamento da saúde já está acima do mínimo. Foi feita essa consideração sobre cada ponto que está aqui. Todo mundo cedeu às evidências", disse.

O ministro afirmou que, se as medidas forem aprovadas, o arcabouço será cumprido.

"Ninguém aqui é teimoso de se negar a enxergar os dados. Chegamos à conclusão que aprovadas essas medidas (teremos cumprimento de arcabouço). As distorções das contas públicas são tão grandes que teremos que voltar".

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Questionado sobre a reação do mercado ao anúncio da isenção do IR até R$ 5 mil, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, reafirmou que a medida foi um compromisso assumido na campanha do presidente Lula, e por isso, não é uma “surpresa”.

"Foi feito na campanha o anúncio de que até 2026, está sendo cumprido o que foi dito na campanha eleitoral, na posse, não teve nenhuma surpresa, os agentes econômicos e a sociedade não estão sendo tomados de surpresa. Se alguém criou a expectativa de que o anúncio seria em janeiro e não em dezembro, não foi o presidente Lula que criou essa expectativa", disse o ministro.

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