Economia

Após decisão de Trump, Argentina diz que negociará taxas de alumínio e aço

Trump anunciou nesta segunda-feira (2) que irá retomar tarifas sobre as importações de aço e alumínio na Argentina

Tarifas: Trump prometeu retomar as tarifas de aço e alumínio do Brasil e da Argentina (Mikhail Svetlov/Getty Images)

Tarifas: Trump prometeu retomar as tarifas de aço e alumínio do Brasil e da Argentina (Mikhail Svetlov/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 2 de dezembro de 2019 às 11h14.

Última atualização em 2 de dezembro de 2019 às 11h53.

Buenos Aires — O Ministério das Relações Exteriores da Argentina iniciará as negociações com o Departamento de Estado dos Estados Unidos após a decisão do presidente Donald Trump de restabelecer tarifas sobre as importações de aço e alumínio na Argentina, disse um porta-voz do ministério nesta segunda-feira.

Trump disse no Twitter nesta segunda-feira que retomará imediatamente as tarifas sobre as importações de aço e alumínio do Brasil e da Argentina.

O Ministério da Economia do Brasil ainda não fez um comunicado. O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta manhã que iria conversar com Guedes e pode conversar com Trump:

"Vou falar com o Guedes hoje. Alumínio? Vou falar com o Paulo Guedes agora. Se for o caso, ligo pro Trump, eu tenho um canal aberto com ele. Converso com o Paulo Guedes e depois dou uma resposta, para não ter que recuar", disse Bolsonaro a jornalistas em entrevista na saída do Palácio da Alvorada.

"Não vejo isso como retaliação. Vou conversar com ele para ver se não nos penaliza com a sobretaxa no preço do alumínio. A ligação dele, no Twitter dele, é a questão das commodities, a nossa economia basicamente vem das commodities, é o que nós temos. Espero que tenha o entendimento dele, que não nos penalize no tocante a isso, e tenho quase certeza de que ele vai nos atender", acrescentou.

Histórico

Em março de 2018, o governo Trump anunciou novas tarifas de importação no valor de 25% sobre o aço e de 10% com base em "segurança nacional". Parceiros como Canadá, México e União Europeia foram os mais atingidos.

“Trump escolheu aço e alumínio porque são commodities industriais que ele entende e com que se importa, e porque a produção de aço tem ressonância emocional em partes do Meio-Oeste”, disse Ian Bremmer, presidente da Eurasia, consultoria de risco político à EXAME na época.

O fechamento comercial para supostamente proteger a indústria norte-americana tem sido uma das principais bandeiras de Trump desde a campanha, colocando a China como principal frente de batalha.

Já em maio, após negociações com os governos, Trump se comprometeu em não incluir a Argentina e o Brasil na lista dos países que teriam o alumínio e o aço sobretaxados. 

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