Economia

Após apoio do FMI, Argentina fará oferta "sustentável" a credores

Após missão oficial, membros do FMI e ministro de Economia argentino concordaram que a dívida atual "não é sustentável"

Martin Guzman, ministro argentino, e Julie Kozack, do FMI: reunião para decidir o futuro da dívida argentina em Buenos Aires (Ministry press office/Handou/Reuters)

Martin Guzman, ministro argentino, e Julie Kozack, do FMI: reunião para decidir o futuro da dívida argentina em Buenos Aires (Ministry press office/Handou/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 20 de fevereiro de 2020 às 14h53.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2020 às 14h54.

São Paulo — O presidente do banco central de Argentina disse nesta quinta-feira que "é possível" que haja uma suspensão dos pagamentos do país, mas ponderou que há "poucas probabilidades", referindo-se à tentativa de renegociação da dívida do país de 100 bilhões de dólares.

"Estamos em uma negociação, o governo vai fazer uma oferta, e essa oferta pode ser aceita ou rejeitada. Mas o governo não vai aceitar nenhum tipo de proposta que não seja sustentável no curto prazo e no longo prazo", disse o presidente do banco central argentino, Miguel Pesce, em entrevista à rádio La Red de Buenos Aires.

O governo do presidente da Argentina, Alberto Fernández, recebeu na quarta-feira um forte apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI) na negociação com os credores. O organismo disse que a operação da dívida deve gerar uma "contribuição apreciável" por parte dos detentores de bônus.

Os funcionários do FMI e o ministro de Economia argentino, Martín Guzmán, concordaram que a dívida atual "não é sustentável".

Guzmán impôs uma data limite para a reestruturação: 31 de março.

O governo "vai fazer uma oferta consistente e há altas probabilidades de que os credores a aceitem, mas não depende do governo, mas da vontade de terceiros. Alguma probabilidade de que a oferta seja rejeitada existe. Esperamos que isso não ocorra", explicou Pesce.

Acompanhe tudo sobre:América do SulArgentinaDívidas de paísesFMI

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo