Confiança do consumidor: Índice da Situação Atual (ISA) teve leve alta de 0,2 ponto e foi a 70,9 pontos (Victor Moriyama/Getty Images)
Reuters
Publicado em 22 de setembro de 2017 às 08h56.
São Paulo - A confiança do consumidor brasileiro subiu em setembro após três quedas seguidas diante da melhora da percepção sobre o mercado de trabalho, mas a cautela ainda prevalece de acordo com a Fundação Getulio Vargas.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apresentou alta de 1,4 ponto em setembro e foi a 82,3 pontos, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira.
Assim o indicador volta ao mesmo nível de junho, quando a confiança em geral no país foi afetada pela crise política que eclodiu em maio com delações contra o presidente Michel Temer.
"O resultado parece estar relacionado a uma ligeira melhora na percepção sobre o mercado de trabalho e no gradual afastamento do risco de crise política", explicou em nota a coordenadora da Sondagem do Consumidor, Viviane Seda Bittencourt.
"Isso, no entanto, não parece ter sido suficiente para alterar o perfil ainda cauteloso do consumidor", destacou ela.
O Índice da Situação Atual (ISA) teve leve alta de 0,2 ponto e foi a 70,9 pontos, com o avanço do indicador que mede a satisfação dos consumidores sobre a situação econômica no momento.
Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 2,2 pontos e chegou a 91,1 pontos, com melhora do indicador que mede o otimismo em relação à economia.
Em relação à economia, o Brasil vem mostrando recuperação gradual em um cenário de inflação e juros baixos, com sinais de melhora do mercado de trabalho.
A turbulência política, entretanto, permanece no radar, depois que o Supremo Tribunal Federal decidiu na quinta-feira pelo encaminhamento à Câmara de uma segunda acusação contra Temer, por obstrução de Justiça e organização criminosa.