Economia

Antes do coronavírus, confiança do comércio teve maior nível desde 2012

Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu a 128,4 pontos em março, o resultado mais elevado desde dezembro de 2012

Comércio fechado: cidades em quarentena fizeram com que comércio fechasse portas (Rahel Patrasso/Reuters)

Comércio fechado: cidades em quarentena fizeram com que comércio fechasse portas (Rahel Patrasso/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de março de 2020 às 13h25.

Pouco antes da eclosão da crise do coronavírus no Brasil, a confiança dos empresários do comércio atingiu o maior patamar em quase oito anos, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu a 128,4 pontos em março, o resultado mais elevado desde dezembro de 2012. No entanto, se neutralizados os efeitos sazonais, houve um recuo de 0,2% ante fevereiro.

A expectativa é que o indicador deixe a zona de otimismo (acima dos 100 pontos) e desça para o patamar de pessimismo (abaixo dos 100 pontos) em consequência da pandemia.

"Possivelmente teremos quedas expressivas na confiança nos próximos meses, que levarão o índice para a zona de avaliação negativa, ou situação de pessimismo. O canal das expectativas (índice de expectativas dos comerciantes, medido pelo IEEC) já antecipou esse movimento ao apresentar queda em todos os itens - expectativas para o desempenho da economia, do comércio e da empresa nos seis meses à frente - na passagem mensal", explicou a economista Izis Ferreira, responsável pela pesquisa da CNC.

O período de coleta do Índice de Confiança do Empresário do Comércio de março se estendeu entre os dias 20 de fevereiro e 5 de março, ou seja, antes do agravamento da disseminação do coronavírus.

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