Plataforma de petróleo: a Sonangol disse, no ano passado, que os dez blocos ofertados poderiam conter, em média, 700 mil barris de petróleo cada (Divulgação/Petrobras)
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2015 às 21h37.
Luanda - A petroleira estatal angolana Sonangol solicitou nesta segunda-feira que licitantes pré-qualificados submetam suas ofertas na disputa por dez blocos de exploração de petróleo em terra oferecidos pelo país, o segundo maior exportador de petróleo da África, que busca abrir novas oportunidades de exploração.
A petroleira norte-americana Chevron, a italiana ENI , a comerciante de commodities Glencore e a portuguesa Galp estão entre as empresas pré-qualificadas que podem operar os blocos, declarou a Sonangol em um release enviado à imprensa.
As ofertas pelos blocos devem ser enviadas até 18 de setembro, menos de um mês antes do Brasil realizar a 13ª Rodada de Licitação de Blocos Exploratório de Petróleo, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), marcada para 7 de outubro.
O leilão na Angola, assim como foi o do México, podem ser bons termômetros para indicar como será o leilão no Brasil, onde o setor de petróleo sofre com o escândalo de corrupção que prejudicou a Petrobras e a cadeia petrolífera. Em meio aos baixos preços do petróleo, o leilão do México teve apenas dois blocos arrematados dos 14 ofertados, em 15 de julho.
A Sonangol disse, no ano passado, que os dez blocos ofertados poderiam conter, em média, 700 mil barris de petróleo cada, enquanto o governo estima as reservas totais da Angola logo abaixo de 13 bilhões de barris.
Sete dos dez blocos ofertados estão na Bacia de Kwanza e os outros três na Bacia do Congo.
A Angola atualmente produz cerca de 1,7 milhão de barris de petróleo por dia, em amplos campos marítimos que são explorados por grandes empresas, incluindo a Chevron, a francesa Total , a norte-americana Exxon e a britânica BP.