Funcionário de um posto de gasolina abastece um carro em São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2014 às 20h01.
São Paulo - A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores não quis comentar nesta terça-feira, 17, a possível ampliação da mistura de etanol na gasolina de 25% para 26% por desconhecer a medida, disse um porta-voz.
A medida faria parte do "pacote de bondades" para a indústria e o agronegócio que poderá ser anunciado amanhã pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.
O aumento de um ponto porcentual na mistura de etanol na gasolina, no entanto, precisaria receber a aprovação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Em abril, quando o setor sucroalcooleiro pediu que o porcentual chegasse a 27,5%, o presidente da entidade, Luiz Moan, disse que essa ampliação não prejudica os carros flex, mas ressaltou que os modelos movidos apenas a gasolina - que representam 38% da frota circulante (cerca de 14,4 milhões de automóveis e comerciais leves) - terão dificuldade na partida, aumento de possibilidade de corrosão nas partes metálicas que têm contato com o combustível e redução da durabilidade das peças de borracha.
Moan também informou na ocasião que haverá aumento do consumo de combustível (tanto em carros flex como a gasolina) porque a nova mistura reduziria a autonomia do veículo em 2,5% a 3%.
Também alertou para o aumento das emissões de aldeídos e NOx. Todos os pontos citados pela Anfavea foram contestados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).