Fábrica da Peugeot-Citroën, no Rio de Janeiro: o presidente da Anfavea considera factível para o setor investir R$ 22 bilhões até 2015 (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2012 às 15h11.
Brasília - O nível de emprego na indústria automobilística deverá ser mantido, mesmo com o fim dos incentivos para o setor, previsto para o próximo dia 31. A avaliação é do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, que esteve com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, para apresentar o balanço do setor referente a julho.
“Entendemos que, com a redução dos juros, a economia como um todo estará crescendo, e [também] o crédito, o que dá para manter o nível de emprego, sim”, disse Belini.
Belini disse ainda que a prorrogação dos benefícios do IPI não foi tratada no encontro com Nelson Barbosa. “Não tratamos desse assunto. Apresentamos um balanço do setor que mostra que foi positivo. O governo gostou dos números, que mostram que o mercado está crescendo, também o nível de emprego e os investimentos”, destacou.
O representante do setor automotivo classificou a reunião com o governo como “ótima” porque o balanço apresentado pelos fabricantes de veículos mostrou que o mercado teve uma evolução, mesmo ante a crise. Os números entregues ao governo, que não foram divulgados, são relativos a julho em comparação ao mesmo período do ano passado.
“Segunda-feira, serão divulgados os resultados da Anfavea. A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) está dando excelentes resultados. A indústria está crescendo e empregando mais”, destacou.
O presidente da Anfavea considera factível para o setor investir R$ 22 bilhões até 2015. Segundo ele, à medida que existe mercado no Brasil para a venda de carros, os investimentos terminarão sendo trazidos para o país.
Sobre as importações das montadoras, o presidente da Anfavea declarou que não vê a prática como um problema. “Atendendo o índice de nacionalização em vigor e os impostos sendo pagos, não existe problema nenhum. O Brasil pode importar ou pode exportar. Não vejo problema nenhum”, disse.