Economia

Sistema de bandeiras tarifárias começa em janeiro, diz Aneel

Por esse modelo, a tarifa de energia ficará mais cara sempre que o custo de geração for mais elevado


	Conta de luz: a aplicação do modelo está prevista para o próximo ano
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Conta de luz: a aplicação do modelo está prevista para o próximo ano (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 13h50.

São Paulo - A adoção do sistema de bandeiras tarifárias, modelo no qual a tarifa de energia ficará mais cara sempre que o custo de geração for mais elevado, está confirmada para o dia 1º de janeiro de 2015. De acordo com o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, as discussões a respeito do sistema se encontram neste momento apenas no âmbito operacional.

"Não está mais em discussão o conceito da bandeira tarifária. Não há nada crítico do ponto de vista regulatório. Estamos tratando apenas questões operacionais das distribuidoras" afirmou o diretor da Aneel, que participou nesta quarta-feira, 17, do evento Energy Summit, em São Paulo.

Pepitone revelou que pretende dar andamento ao processo de adoção das bandeiras tarifárias, após a conclusão de audiência pública sobre o tema, entre o final de setembro e o início de outubro. A aplicação do modelo está prevista para o próximo ano.

O sistema de bandeiras tarifárias prevê a adoção de três cores de bandeiras (verde, amarela e vermelha) que devem indicar as condições de custo de geração de energia em determinado mês. Quando as condições estiverem desfavoráveis, como tem ocorrido neste ano, será aplicada a bandeira vermelha, o que implicará no acréscimo de R$ 3,00 para cada 100 kWh consumidos.

A bandeira amarela, para uma condição menos desfavorável, prevê a cobrança de R$ 1,50 para cada 100 kWh consumidos. Já a bandeira verde, acionada quando as condições de geração de energia estiverem favoráveis, não resultará na cobrança adicional na tarifa básica.

O modelo eleva o custo da energia para o consumidor em momentos de geração adversa, porém é considerado positivo ao informar ao consumidor a real situação de geração do País. Quando houver aumento de custo de geração, o consumidor seria estimulado, então, a reduzir o consumo.

Para as distribuidoras, as bandeiras tarifárias representam receita adicional sempre que o custo da energia estiver mais elevado, diminuindo assim o descasamento entre despesa e receita existente no modelo brasileiro.

Como os reajustes tarifários ocorrem apenas uma vez ao ano, as distribuidoras sofrem com o descasamento no intervalo entre o período de elevação de preço da energia no mercado de curto prazo e o momento do reajuste.

De acordo com Pepitone, o processo de adoção das bandeiras tarifárias passa neste momento por ajustes operacionais como o formato com que o sistema será apresentado nas contas de luz e na adequação das bandeiras tarifárias ao cobrado pela distribuidora em cada área de atuação.

A adoção do sistema de bandeiras tarifárias estava prevista para o início deste ano, porém foi postergada para 2015 a pedido das distribuidoras. Para o diretor da Aneel, a solicitação foi atendida e agora não há razão para novo adiamento.

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