Economia

Aneel quer resolver déficit sem onerar consumidor, diz fonte

A agência esboçou algumas soluções para mitigar efeitos do déficit de geração hídrica, mas sem onerar os consumidores, segundo fonte


	Energia elétrica: uma das propostas prevê uma troca de contratos de energia de reserva de consumidores livres e distribuidoras
 (REUTERS/Paulo Santos)

Energia elétrica: uma das propostas prevê uma troca de contratos de energia de reserva de consumidores livres e distribuidoras (REUTERS/Paulo Santos)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2015 às 20h10.

Brasília - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) esboçou algumas soluções para mitigar os efeitos do déficit de geração hídrica, pautando-se, principalmente, pela ideia de que o problema não deve ser pago pelos consumidores de energia elétrica, disse à Reuters uma fonte que participou das reuniões no órgão regulador.

Uma das propostas prevê uma troca de contratos de energia de reserva --uma espécie de contrato de seguro-- de consumidores livres e distribuidoras, que passariam a ser assumidos pelas geradoras com déficit, afirmou a fonte, que falou sob condição de anonimato.

O gerador assumiria o encargo dessa energia de reserva e eventuais despesas adicionais que resultassem dessa operação seriam compensadas no fim do contrato de concessão da usina, seja por meio da ampliação do prazo do contrato ou indenização, segundo a fonte.

Outras hipóteses em estudo envolvem reduzir temporariamente os contratos de venda de energia a distribuidoras que hoje, com a queda no consumo, estejam sobrecontratadas, ou seja, com mais energia do que precisam para atender seus clientes.

Fazendo isso, reduz-se a obrigação de entrega de energia pelas geradoras a essas distribuidoras e, consequentemente, sua exposição hídrica.

Outra hipótese menos provável, de acordo com a mesma fonte, seria repetir com as geradoras o modelo de ajuda usado no ano passado com as distribuidoras de energia: buscar um empréstimo no mercado financeiro para cobrir o rombo.

A fonte disse ainda que as propostas devem fazer parte de uma nova audiência pública.

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