Eletricidade: a alta do PLD em 2014 acabou gerando pesados custos adicionais às distribuidoras (REUTERS/Paulo Santos)
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2014 às 10h26.
Brasília - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs nesta terça-feira um novo cálculo para o preço da energia no mercado de curto prazo, dado pelo Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), que reduz o valor máximo do PLD para 388,04 reais por megawatt/hora (MWh) em 2015, ante os atuais 822,83 reais por MWh. O piso do PLD também mudaria, dos atuais 15,62 reais o MWh para 30,26 reais por MWh.
A proposta permanecerá em audiência pública entre os dias 16 de outubro e 10 de novembro. A Aneel propôs mudar a termelétrica de referência para cálculo do PLD máximo e, no caso do mínimo, passar a adotar como referência a receita das usinas que renovaram suas concessões e vendem energia no sistema de cotas.
"A mudança proposta reduz o risco", disse o diretor da Aneel, Tiago Correia, afirmando que a principal diferença da atual proposta é reduzir a amplitude das variações do PLD.
Ao longo deste ano, o PLD chegou ao valor máximo em diversas ocasiões, por conta da escassez de chuvas que obrigou a redução da produção de hidrelétricas.
A alta do PLD em 2014 acabou gerando pesados custos adicionais às distribuidoras, levando o governo a negociar empréstimos junto ao setor bancário para ajudar as concessionárias a quitar os débitos no mercado de curto prazo. (Por Leonardo Goy)