Economia

Aneel propõe forma de divisão de energia de usina antiga

Pela proposta da Aneel, Eletropaulo, Light, Cemig, Coelba e CFLO serão as distribuidoras que vão receber a maior quantidade de cotas


	Energia: ao todo, 4,5 mil MW médios serão alocados para concessionárias de distribuição em 2015
 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Energia: ao todo, 4,5 mil MW médios serão alocados para concessionárias de distribuição em 2015 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 15h27.

Brasília - A energia produzida por usinas hidrelétricas antigas e com contratos de concessão próximos do vencimento será dividida prioritariamente entre as distribuidoras expostas ao mercado.

De acordo com proposta apresentada nesta quarta-feira, 5, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), depois que a necessidade dessas empresas for atendida, a sobra será distribuída entre empresas com maior tamanho de mercado.

Pela proposta da Aneel, Eletropaulo, Light, Cemig, Coelba e CFLO serão as distribuidoras que vão receber a maior quantidade de cotas.

Ao todo, 4,5 mil MW médios serão alocados para as concessionárias de distribuição em 2015.

Essa energia vem de usinas que hoje pertencem à Cesp, Cemig e Copel, cujos contratos vencem no ano que vem.

Com a divisão proposta pela Aneel, a exposição das distribuidoras ao mercado de curto prazo será de 629 MW médios.

Essa será a energia que elas terão que comprar no leilão A-1 de 5 de dezembro. A previsão da Aneel é que haja, no mínimo, 18 compradores.

A proposta da Aneel sobre a divisão dessa energia ficará aberta em audiência pública de 6 a 17 de novembro.

Pelo critério da Aneel, até 2021, todas as empresas terão a mesma proporção de cotas de energia, conforme o tamanho de seu mercado.

Considerando o mercado de hoje, cada uma delas teria 32% de sua energia em cotas em 2021. Em 2012, o critério de divisão da energia foi diferente.

A alocação das cotas foi feita de forma a reduzir a tarifa de energia de todas as empresas em 20%, em média.

Com o fim dos contratos de concessão, essas usinas mais antigas serão devolvidas e o governo vai leiloá-las para novas empresas, que receberão uma remuneração bem menor, que custeará apenas operação e manutenção. Por isso, essa energia é bem mais barata.

"Nosso objetivo foi manter os princípios da redução tarifária original e da distribuição de novas cotas pelo mercado causando o mínimo impacto possível", afirmou o diretor Tiago Correia, relator da proposta.

Acompanhe tudo sobre:AneelEnergiaEnergia elétricaServiços

Mais de Economia

Lula chama Pacheco para reunião nesta quarta e deve discutir pacote fiscal

Reforma Tributária: relatório do Senado deve ficar para início de dezembro, diz Braga

Cepal: Pobreza deve cair a 26,8% da população na América Latina, nível mais baixo desde 1990

Escala 6x1: favorito para presidência da Câmara defende 'ouvir os dois lados'