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Energia elétrica mais barata em outubro: Aneel determina nova bandeira; veja quanto vai custar

Mesmo com a mudança, consumidores ainda receberão as contas de energia elétrica com adicional no valor. Entenda o que muda na energia elétrica do brasileiro

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 30 de setembro de 2025 às 12h44.

Última atualização em 30 de setembro de 2025 às 15h58.

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na última sexta-feira, 26, que a bandeira tarifária de outubro será a vermelha patamar 1. Isso significa que os consumidores receberão as contas de energia elétrica com adicional de R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Antes, os brasileiros estavam sendo tarifados com a bandeira vermelha de patamar 2. Ou seja, era cobrado, para além da fatura, um valor de R$7,877 por kWh. A mudança vale para todos os usuários conectados ao Sistema Interligado Nacional, responsável pela distribuição de energia em grande parte do país.

Apesar do recuo na tarifa, a Aneel destacou que as projeções indicam volume de chuvas abaixo da média histórica, o que compromete o nível dos reservatórios. Em razão disso, será necessário acionar usinas termelétricas, que têm custo de geração mais elevado.

O que são bandeiras tarifárias?

Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias foi implementado como uma forma de tornar mais visível um custo que já estava presente nas faturas de energia. A metodologia não cria novos encargos, mas indica ao consumidor o custo real da geração naquele período, permitindo eventualmente ajustar o consumo.

Antes da adoção do modelo, as variações nos custos de geração — para mais ou para menos — eram incorporadas apenas nos reajustes tarifários anuais, com correção baseada na Selic, taxa básica de juros.

Classificação das bandeiras e impacto na tarifa

  • Bandeira verde: geração em condições favoráveis. Não há acréscimo tarifário;
  • Bandeira amarela: geração menos favorável. Acréscimo de R$ 1,885 por quilowatt-hora (kWh) consumido;
  • Bandeira vermelha patamar 1: geração mais custosa. Acréscimo de R$ 4,463 por kWh;
  • Bandeira vermelha patamar 2: geração ainda mais onerosa. Acréscimo de R$ 7,877 por kWh.

Bandeiras funcionam como termômetro do custo de geração

A sinalização por cores permite ao consumidor entender, mês a mês, o cenário da geração energética e seu impacto no valor da fatura. Situações de escassez hídrica, como a atual, tendem a elevar o custo, já que exigem o uso de fontes complementares, como as térmicas.

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