Economia

Aneel descarta mudar regra de cálculo do preço da energia

A agência afirmou que não fará mudanças enquanto cenário estiver desfavorável


	Torres de eletricidade: o preço de energia de curto prazo dado pelo Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) está em patamares altos desde o início do período úmido atual
 (REUTERS/Paulo Santos)

Torres de eletricidade: o preço de energia de curto prazo dado pelo Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) está em patamares altos desde o início do período úmido atual (REUTERS/Paulo Santos)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2014 às 22h22.

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse a jornalistas nesta sexta-feira que o governo federal e a agência não cogitam realizar qualquer mudança de regra no cálculo do preço de energia de curto prazo enquanto o cenário do setor elétrico estiver desfavorável.

"Qualquer mudança de regra dificilmente vai acontecer antes do período úmido", disse ele a jornalistas, acrescentando que mesmo durante o próximo período úmido isso não deve acontecer, já que consideram que a discussão deve ocorrer apenas após passada o atual cenário desfavorável no setor elétrico brasileiro.

O preço de energia de curto prazo dado pelo Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) está em patamares altos desde o início do período úmido atual, o que colaborou para elevar gastos das distribuidoras de energia no curto prazo.

Rufino disse que considera que essa discussão sobre o cálculo do PLD tem que ser aberta e repensada, mas no futuro.

O PLD está no topo regulatório permitido para o ano, a 822,83 reais por megawatt-hora (MWh) no Sudeste/Centro-Oeste e Sul desde fevereiro, diante do forte uso de térmicas, baixo nível de reservatórios das hidrelétricas e grande demanda de energia nos primeiros meses do ano.

EMPRÉSTIMO DA CCEE O diretor-geral da Aneel acrescentou ainda que a elevação do valor do empréstimo que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) tomará com bancos para ajudar as distribuidoras de energia elétrica ocorreu após refinamento dos cálculos, que são sempre atualizados.

Segundo ele, na época em que o governo estimou que seriam necessários 8 bilhões de reais em empréstimos, trabalhava-se com um PLD médio para o ano de cerca de 475 reais por MWh. Atualmente, para chegar ao valor de 11,2 bilhões de reais em empréstimo que será tomado pela CCEE, conforme divulgado nesta semana, o valor de PLD considerado é de acima de 600 reais por MWh para o ano.

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