Economia

Vendas no varejo de material de construção caem 7% em abril

Os números do mês foram afetados por sazonalidade, de acordo com presidente da Anamaco, Cláudio Conz


	Construção: o setor teve retração de 6% nos últimos 12 meses e de 11% no acumulado do ano
 (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Construção: o setor teve retração de 6% nos últimos 12 meses e de 11% no acumulado do ano (Antônio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2016 às 19h49.

São Paulo - As vendas de material de construção no varejo recuaram 7% em abril, na comparação com março, de acordo com dados do estudo mensal realizado pelo Instituto de Pesquisas da Anamaco, com o apoio da Abrafati, Instituto Crisotila Brasil, Anfacer e Siamfesp.

O desempenho de abril ficou 2% abaixo do registrado em igual mês de 2015. Com isso, o setor teve retração de 6% nos últimos 12 meses e de 11% no acumulado do ano.

O levantamento ouviu 530 lojistas, das cinco regiões do País, entre os dias 26 e 30 de abril. A margem de erro é de 4,3%.

Os números do mês foram afetados por sazonalidade, de acordo com presidente da Anamaco, Cláudio Conz.

"Tradicionalmente, abril não é um bom mês para o setor, mas para completar tivemos o mês com menos chuvas em 16 anos. As chuvas atrapalham quando estão acontecendo, obrigando o consumidor a adiar as obras, mas a falta delas também prejudica o nosso setor, pois acaba gerando menos manutenção ou estragos e, consequentemente, menos demanda por obras", declarou.

Conz disse ainda que o resultado no mês também reflete o atual cenário político e econômico do País. "Toda vez que temos um cenário como o atual, as pessoas tendem a segurar novos investimentos e a evitar gastos, com medo do futuro incerto", afirmou o executivo.

Para ele, os gastos com obras acabam concorrendo com outras despesas, como alimentos, vestuário e eletroeletrônicos.

Segundo o levantamento, a região Centro-Oeste foi a que apresentou melhor resultado no mês, com crescimento de 2% sobre março. Já as demais regiões se retraíram com diferentes índices.

No Nordeste, a queda foi de 5%, seguida pelo Norte, que teve desempenho negativo de 7%. As regiões Sudeste e Sul apresentaram as maiores retrações: -9% e -10%, respectivamente.

Entre as categorias pesquisadas, telha de fibrocimento foi a que apresentou maior queda no mês (-7%), seguida de louças sanitárias (-6%), tintas (-5%) e revestimentos cerâmicos (-5%).

Fechaduras, ferragens e metais sanitários não apresentaram variação com relação ao mês anterior.

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