Economia

Analistas melhoram previsão do PIB, mas pioram da inflação

Os números fazem parte do Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central


	Economia: os números fazem parte do Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Economia: os números fazem parte do Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2016 às 11h35.

Brasília - Analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central reduziram nesta segunda-feira a previsão de retração da economia em 2016, após 15 revisões negativas consecutivas, e elevaram a previsão da inflação para este ano, depois de oito semanas seguidas de baixas.

O mercado prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do país irá contrair 3,86% neste ano, número pouco melhor do que os 3,89% da semana passada. E estimam que a economia avançará 0,50% em 2017, valor também melhor do que os 0,40% do último relatório.

Os números fazem parte do Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central, e que inclui uma pesquisa com cem analistas de entidades financeiras do setor privado sobre a economia.

Se as previsões dos economistas se cumprirem, o país ficará no vermelho em dois anos seguidos, algo que não ocorre desde a década de 1930. Em 2015, o PIB recuou 3,8%, segundo dados oficiais.

Quanto à inflação para este ano, os analistas interromperam oito semanas de reduções e elevaram a previsão do índice para 7%, contra os 6,94% estimados na semana passada. Já para 2017, os analistas acreditam em uma inflação de 5,62%, um pouco melhor do que os 5,72% do último Boletim Focus.

A taxa básica de juros, atualmente em 14,25%, também teve sua previsão reduzida pelos analistas consultados, que estimam que ela ficará em 13% neste ano e cairá para 11,75%.

Já o dólar deve fechar o ano valendo R$ 3,70, valor menor do que os R$ 3,72 previstos no último relatório. Para 2017, porém, os analistas consideram que a moeda americana será negociada em R$ 3,90, um pouco abaixo dos R$ 3,91 do que na semana passada.

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