Economia

América Latina e UE devem se unir perante Trump, diz Euroamérica

Segundo a presidente da Fundação, Benita Ferrero-Waldner, suas medidas protecionistas devem ser percebidas como uma "oportunidade" para a cooperação

Benita Ferrero-Waldner: "A América Latina já não é um subcontinente emergente, mas emergido", especificou ela (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Benita Ferrero-Waldner: "A América Latina já não é um subcontinente emergente, mas emergido", especificou ela (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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EFE

Publicado em 2 de março de 2017 às 12h02.

Madri - A nova política externa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "deve representar uma oportunidade para reforçar as relações entre América Latina e a União Europeia", disse nesta quinta-feira a presidente da Fundação Euro-América, Benita Ferrero-Waldner.

A ex-comissária de Relações Exteriores da UE explicou hoje em Madri durante o X Seminário Internacional União Europeia-América Latina que as medidas protecionistas de Trump devem ser percebidas como uma "oportunidade" para a cooperação entre ambas as regiões.

"A América Latina já não é um subcontinente emergente, mas emergido", especificou ela, para destacar o papel tanto das pequenas, médias e grandes empresas quanto o "motor de desenvolvimento e transmissoras de conhecimento".

Com ela concordou a Secretaria-Geral Ibero-Americana (Segib), Rebeca Grynspan, que defendeu uma integração de abaixo para cima, ou seja, que incorpore os agentes econômicos e sociais e às empresas.

"É preciso encontrar a mobilidade das pessoas, dos estudantes e dos pesquisadores. Já não se aprende estando em uma sala de aula, mas estando fora", afirmou a titular da Segib.

Para Rebeca, a chave é formar a sociedade na "diversificação produtiva" e gerar assim cidadãos que "apostem pela ciência, tecnologia e educação de qualidade".

Por sua vez, o diretor-geral da Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), Carlos Augusto Abicalil, destacou a importância do investimento e a formação em ciência e tecnologia.

A OEI, que surgiu em Madri há quase 70 anos, "tem a educação como foco" e procura fomentar a "mobilidade de trabalhadores no âmbito latino-americano", afirmou Abicalil.

O coordenador da Segib para o Espaço Ibero-americano do Conhecimento (EIC), Félix García Lausín, explicou que estão trabalhando na criação de um banco ibero-americano de avaliadores, um portal de mobilidade de investigadores e um programa específico para a ciência.

A Fundação Euro-América é uma organização com sede na Espanha que procura estimular a cooperação e o entendimento entre instituições, empresas e personalidades europeias e latino-americanas.

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