Economia

América Latina crescerá abaixo de 2% em 2014, indica FMI

Rebaixamento é motivado pela desaceleração vista na região, especialmente na América do Sul


	O FMI diminuiu nesta previsão de crescimento da América Latina
 (Robert Sullivan/AFP)

O FMI diminuiu nesta previsão de crescimento da América Latina (Robert Sullivan/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 15h23.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) rebaixará suas perspectivas de crescimento para a América Latina e o Caribe em 2014 a menos de 2%, informou nesta quinta-feira o diretor do Departamento de Hemisfério Ocidental da instituição, Alejandro Werner.

"Revisaremos para baixo nossas previsões de crescimento para a América Latina de 2% para 2014 em nossa reunião anual" de outubro, garantiu Werner durante participação na conferência anual do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), que terminou hoje em Washington e na qual foram discutidos os desafios econômicos e políticos da região.

Ele explicou que este rebaixamento é motivado pela "desaceleração" vista na região, especialmente na América do Sul, onde deu como exemplo o Brasil, a Argentina e a Venezuela. Werner esteve acompanhado em uma mesa-redonda do presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno; o presidente do CAF, Enrique García; e o vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, Jorge Familiar.

Deste modo, se consolida a tendência à queda da economia latino-americana, após anos de crescimento sustentado acima de 3%. Em julho, a instituição dirigida por Christine Lagarde já rebaixou suas projeções de crescimento para a América Latina e o Caribe em 2014, de 2,5% previstos em abril para 2%, como consequência do esfriamento nas duas principais economias, Brasil e México.

O fundo apresentará seu novo relatório de "Perspectivas Econômicas Globais", no qual analisará os principais desafios, por ocasião de sua reunião anual que acontecerá de 10 a 12 de outubro em Washington.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoFMI

Mais de Economia

Haddad sugere uso responsável do novo consignado, com 'troca de dívida mais cara ou com agiota'

Conselho do FGTS aprova nova faixa do MCMV para famílias com renda de até R$ 12 mil por mês

MT ganha e SP perde: o impacto bilionário da guerra comercial entre EUA e China para os estados

Governo federal pagou R$ 2,5 bi em dívidas de estados e municípios no primeiro trimestre de 2025