Economia

Alta de preços administrados em 2015 segue em 18%, diz Focus

Mediana das expectativas para este ano permaneceu em 18% de uma semana para outra; estava em 17,43% quatro edições atrás do documento

A governança está acima de tudo: sem ela nada funciona bem (Ilustração: Maurício Pierro)

A governança está acima de tudo: sem ela nada funciona bem (Ilustração: Maurício Pierro)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2015 às 09h52.

Brasília – Com o ano prestes a acabar, as projeções do mercado financeiro para os preços administrados de 2015 e 2016 deram uma trégua. De acordo com o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 21, pelo Banco Central, a mediana das expectativas para este ano permaneceu em 18,00% de uma semana para outra. Estava em 17,43% quatro edições atrás do documento.

Para 2016, a mediana das estimativas para os preços administrados prosseguiu em 7,50%. Há um mês, a mediana das estimativas para essa variável estava em 7,00%. O Banco Central vai explicar na carta ao ministro da Fazenda que os administrados foram os grandes vilões da inflação neste ano ao lado da alta do dólar, mas que conta com uma forte desaceleração dos preços monitorados pelo governo para deixar o IPCA abaixo do teto da meta em 2016.

Em sua última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central voltou a revisar para cima sua projeção para os preços administrados de 2015 e 2016. Pelos cálculos do colegiado, o avanço será de 17,7% este ano, e não mais de 16,9% como constava na edição anterior. Para 2016, a diretoria prevê taxa de 5,9% ante variação de 5,8% apresentada na ata anterior.

Para estimar a elevação desses itens, o BC considerou uma alta de 52,3% da tarifa de energia elétrica este ano — na edição anterior, a previsão era de 51,7%. A diretoria também levou em conta a hipótese de elevação de 17,6% do preço da gasolina (antes estava em 15%) e de alta de 21,7% do preço do botijão de gás, substituindo a taxa de 19,9%. Uma nova atualização dessas estimativas será apresentada no Relatório Trimestral de Inflação depois de amanhã.

IGP-DI

As previsões para o IGP-DI de 2015, que tinham passado da marca de 11% no Relatório de Mercado Focus no início deste mês, voltaram a cair no documento divulgado há pouco pelo Banco Central. A mediana para o indicador deste ano recuou de 10,99% para 10,82% — um mês atrás estava em 10,90%. No caso do IGP-M de 2015, a taxa mediana caiu de 10,81% para 10,72%, mas segue bem acima da expectativa apresentada um mês atrás, que era 10,38%.

Para 2016, a previsão central da pesquisa Focus para o IGP-DI saiu de 6,14% para 6,11% - quatro semanas atrás, já estava em 6,11%. Em relação ao IGP-M, o ponto central da pesquisa permaneceu em 6,48% — quatro edições anteriores estava em 6,29%.

A estimativa para o IPC-Fipe, que mede a inflação para as famílias de São Paulo, ficou inalterada em 10,85% de uma semana para outra para o horizonte de 2015 - um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 10,32%. Para 2016, no entanto, a expectativa disparou de 5,27% para 5,81% de uma semana para outra — estava em 5,46% um mês atrás.

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