Economia

Alta do PIB no quarto tri sinaliza recuperação, diz Itaú Unibanco

Crescimento de 0,2% ainda é tímido, mas coloca o país na rota de recuperação, com previsão de um segundo semestre mais forte, dizem economistas

Segundo llan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco, a economia já mostra sinais de retomada do crescimento (Eduardo Monteiro/EXAME)

Segundo llan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco, a economia já mostra sinais de retomada do crescimento (Eduardo Monteiro/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2012 às 15h01.

São Paulo – A economia brasileira mostra sinais de recuperação, com crescimento estimado em 0,2% no último trimestre de 2011 em relação ao trimestre anterior, segundo os economistas do Itaú Unibanco.

A tendência deve vai se intensificar ao longo deste ano, com previsão de incremento de 0,8% para este trimestre e 1,3% no próximo. No segundo semestre, o crescimento acelera, com taxas de 1,7% para o terceiro e quarto trimestres.

Em dezembro, o incremento no PIB foi de 0,3% em relação ao mês anterior e, em novembro, a alta foi de 0,4% contra queda de 0,1% no mês anterior. A previsão para janeiro é de incremento de 0,1%. 

“O segundo semestre será bem mais forte que o primeiro, mas a recuperação já começa a aparecer”, destaca Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco.

Segundo o economista Aurélio Bicalho, outros números evidenciam a melhora no cenário, incluindo o crescimento 0,8% no consumo (contra queda de 0,1% no terceiro trimestre) e aumento de 1% nos gastos do governo (contra redução de 0,7% no período anterior).

A expectativa de crescimento do banco para o ano de 2012 é de 3,5%, com câmbio de 1,75 real, IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 5,2% e Selic de 9%.

Já para 2013, o banco projeta um crescimento de 5,4%no PIB. Com o aceleramento da economia a partir do segundo semestre, o governo deve retirar os estímulos e adotar medidas macroprudenciais, fazendo com que a taxa de juros volte a subir e encerre o ano no patamar de 10,5%, segundo os analistas. A inflação também deve acelerar, com o IPCA fechando o ano em 5,6%.

De acordo com as estimativas do banco, o crescimento do PIB em 2011 ficou em 2,7% - abaixo da expectativa inicial de 3%, que já era conservadora, segundo Goldfajn.

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