Economia

Alta do petróleo beneficiou municípios produtoras, diz IBGE

Campos de Goytacazes, no Rio, foi o que teve o maior ganho absoluto de participação


	Barris de petróleo: a principal perda de participação na passagem de 2010 para 2011 foi de São Paulo, que saiu de uma contribuição de 11,8% para 11,5% do PIB
 (AFP)

Barris de petróleo: a principal perda de participação na passagem de 2010 para 2011 foi de São Paulo, que saiu de uma contribuição de 11,8% para 11,5% do PIB (AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2013 às 09h47.

Rio - A alta no preço do barril de petróleo em 2011 influenciou as principais mudanças nas participações dos municípios no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro naquele ano, apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Campos de Goytacazes (RJ) foi o que teve o maior ganho absoluto de participação, passando de uma fatia de 0,7% do PIB brasileiro em 2010 para 0,9% em 2011, um ganho de 0,2 ponto porcentual. Segundo a pesquisa Produto Interno Bruto dos Municípios 2011 divulgada pelo IBGE, o ganho foi puxado, principalmente, pelos altos preços do petróleo no ano.

Na direção oposta, o município de Duque de Caxias (RJ) teve sua participação reduzida no período, de 0,7% para 0,6%, perda de 0,1 ponto porcentual, justamente por causa do encarecimento do barril, que impactou os custos da atividade de refino na região.

As perdas no refino, ao lado da queda na produção de autopeças, fez com que Betim (MG) passasse de uma fatia de 0,8% para 0,7% do PIB nacional entre 2010 e 2011.

No entanto, a principal perda de participação na passagem de 2010 para 2011 foi de São Paulo, que saiu de uma contribuição de 11,8% para 11,5% do PIB, uma redução de 0,3 ponto porcentual.

A queda foi causada pelos maus resultados de duas atividades: comércio e serviços de manutenção e reparação; e serviços de intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados.


O levantamento considerou apenas os municípios responsáveis por pelo menos 0,5% do PIB nacional no ano. Na análise que leva em conta todos os municípios, os maiores ganhos de posição no PIB nacional foram observados no Maranhão: Belágua saiu da 4991ª posição para a 3849ª, graças ao aumento da produção da mandioca; e Godofredo Viana pulou da 4217ª para a 3089ª posição por conta da expansão na extração de ouro.

PIB per capita

O maior PIB per capita do País em 2011 foi registrado em Presidente Kennedy, no Espírito Santo, informou o IBGE. O município, produtor de petróleo, teve geração de renda de R$ 387.136,99 por habitante no ano.

No mesmo período, o PIB per capita brasileiro foi de R$ 21.535,65. O segundo maior PIB per capita do País foi Louveira, em São Paulo, com R$ 287.646,17. O município concentrava centros de distribuição de grandes empresas.

O terceiro lugar no ranking foi São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), com R$ 283.298,20, que tem como principal atividade a extração de minério de ferro. Confins (MG) ficou em quarto lugar, com R$ 256.466,16, e é sede de um aeroporto internacional próximo a Belo Horizonte.


Na quinta posição está Triunfo (RS), com R$ 227.536,90, sede de um polo petroquímico na região metropolitana de Porto Alegre. Na sexta ocupação está o PIB de capita de Porto Real (RJ), de R$ 217.465,66, onde há a presença de uma indústria automobilística.

A sétima colocação ficou com Quissamã (RJ), produtor de petróleo, com R$ 193.740,96, seguido por São João da Barra (RJ), também produtor de petróleo, com R$ 179.908,25.

No nono lugar figurou Anchieta (ES), com atividade de pelotização e sinterização de minério de ferro, cujo PIB per capita foi de R$ 178.056,02. Em décimo, esteve Araporã (MG), sede da maior hidrelétrica mineira, com capacidade instalada de 2.082 megawatts, e PIB per capita de R$ 167.349,26.

Os dez municípios tinham em comum uma baixa densidade demográfica, o que explica um PIB per capita tão elevado, apontou o IBGE. O menor PIB per capita registrado em 2011 foi em Curralinho (PA), de R$ 2.462,15.

O município fica no arquipélago do Marajó, sustentado por transferências de recursos federais, com contribuições também da construção civil, pesca e agricultura extrativista.

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