Economia

Alta do IPCA-15 de agosto é sazonal, minimiza BC

Alta de 0,27% do índice, no teto das expectativas, foi minimizada pelo Banco Central

O preço de alimentação impulsionou o IPCA-15 (Divulgação/Banco Central)

O preço de alimentação impulsionou o IPCA-15 (Divulgação/Banco Central)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2011 às 13h41.

Porto Alegre - O diretor de política econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo, minimizou hoje os novos números do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de agosto, que teve alta de 0,27%. O resultado ficou no teto das expectativas do mercado e apresentou aceleração ante aumento de 0,10% em julho. "O principal aumento do índice foi alimentação, que sofre um padrão sazonal. É algo típico do período", disse.

Em entrevista após a apresentação do Boletim Regional, o diretor chamou a atenção para o aumento dos preços de alimentos, em especial da alimentação fora de casa que, sozinha, foi o principal impacto individual do aumento do índice de inflação.

Ao comentar os números recentes do indicador, Carlos Hamilton repetiu explicação de que a autoridade monetária não leva em conta a evolução de curto prazo de indicadores como o IPCA-15, porque o desempenho de curto prazo, olhando apenas algumas semanas ou poucos meses, "tende a ser volátil".

O diretor também reforçou o discurso de que o BC trabalha com a inflação convergindo com o centro da meta em 2012, de 4,50%. "Trabalhamos com um recuo mais pronunciado dos índices a partir do 4º trimestre (de 2011)", disse.

Emprego

Mais cedo, Hamilton ressaltou que os indicadores recentes de criação de postos de trabalho e financiamentos já mostram acomodação. "É possível observar alguma moderação na margem na criação de postos de trabalho. Assim como vemos alguma moderação no crédito", disse.

Durante apresentação do Boletim Regional, que neste trimestre detalha a evolução da economia da Região Sul, o diretor do BC apresentou números que sustentam a avaliação de que há acomodação de alguns indicadores nacionais. Na criação de postos de trabalho, por exemplo, o País gerou 608 mil empregos em julho de 2001 contra 692,8 mil em igual mês de 2010. Hamilton repetiu a avaliação de que o crédito em expansão e a criação de novos postos de trabalho seguem sustentando o aumento da demanda interna.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralInflaçãoMercado financeiroPreços

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE