Economia

Alta do dólar reduz gastos de brasileiros no exterior

Segundo o BC, os gastos de brasileiros em viagem internacional foram 10% menor em julho em relação ao mesmo mês no ano passado


	Dólar: em julho do ano passado a média do dólar era R$ 1,56, enquanto no mês passado ficou em R$ 2,03
 (AFP)

Dólar: em julho do ano passado a média do dólar era R$ 1,56, enquanto no mês passado ficou em R$ 2,03 (AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2012 às 12h14.

Brasília – Os gastos de brasileiros em viagem ao exterior somaram, em julho, US$ 2,01 bilhões, valor 10% menor do que o resultado de igual mês do ano passado (US$ 2,235 bilhões), informou hoje (23) o Banco Central (BC).

Apesar de julho ser período de férias, a recente alta do dólar desestimulou as viagens ao exterior, segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel. “A despesa com viagem ao exterior teve crescimento muito acentuado em 2011. Claro, o câmbio favoreceu este ano, com a mudança desse patamar [do dólar], a gente ver moderação nessas despesas”. Maciel lembrou que em julho do ano passado a média do dólar era R$ 1,56, enquanto no mês passado ficou em R$ 2,03.

De acordo com Maciel, a redução das despesas de brasileiros no exterior poderia ser mais acentuada, mas o aumento da renda e do emprego e os estímulos de outros países ao turismo, em momento de crise econômica, incentivam as viagens. “[As despesas] não reagiram de foram mais significativa porque temos esses outros fatores envolvidos”, acrescentou.

Nos sete meses do ano, os gastos de turistas em viagens internacionais ficaram em US$ 12,712 bilhões, contra US$ 12,476 bilhões de janeiro a julho de 2011.

Os dados preliminares deste mês, até o dia 21, mostram que as despesas de brasileiros no exterior chegaram a US$ 1,267 bilhão. Nesse período, os gastos de estrangeiros no Brasil chegaram a US$ 371 milhões.

Em julho, as despesas de estrangeiros no Brasil chegaram a US$ 546 milhões, ante US$ 476 milhões do mesmo mês do ano. De janeiro a julho, foram registrados US$ 4,017 bilhões, contra US$ 3,749 bilhões nos sete meses do ano passado.

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