Economia

Alta do dólar eleva custo dos alimentos no Brasil em outubro

A valorização do dólar ante o real foi o principal motivo para a alta de 1,03% no preço dos alimentos no Brasil em outubro deste ano, segundo IBGE


	Dólar dos EUA: necessidade de importar produtos como o trigo elevou o custo alimentício no país, segundo coordenadora do IBGE
 (Scott Eells)

Dólar dos EUA: necessidade de importar produtos como o trigo elevou o custo alimentício no país, segundo coordenadora do IBGE (Scott Eells)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2013 às 09h24.

Rio de Janeiro – A valorização do dólar ante o real foi o principal motivo para a alta de 1,03% no preço dos alimentos no Brasil em outubro deste ano. Segundo a coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos, a necessidade de importar produtos como o trigo elevou o custo alimentício no país.

“Houve problemas com a safra do trigo na Argentina e no próprio Brasil. Tivemos que importar trigo de mercados onde o produto é mais caro. O trigo aumentando espalha a inflação por outros produtos como o pão francês e o macarrão”, disse Eulina.

O custo de produtos como o milho e a soja, também afetados pela alta do dólar, elevam o preço da ração animal e, consequentemente, de alimentos como as carnes e o frango. As carnes, com taxa de 3,17%, foram o item que mais contribuiu para a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 0,57% em outubro.

“O preço das carnes também teve a influência do aumento das exportações do Brasil [que leva à redução da demanda interna e consequente aumento de preços]”, disse Eulina.

Também tiveram impacto importante no IPCA de outubro, a refeição fora de casa (1,05%) e o tomate (18,65%). No ano, os alimentos acumulam variação de 6,92%.

Entre os não alimentícios, o principal impacto veio do aluguel residencial, com inflação de 1,02%. Já entre os itens que contribuíram para evitar que a alta da inflação fosse maior em outubro estão: energia elétrica (-0,58%), passagem aérea (-1,96%) e excursão (-2,11%).

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