Economia

Alta do dólar deve contribuir para redução da dívida pública, diz BC

Em agosto, a dívida líquida chegou a 39,2% do PIB; o governo quer que o percentual fique em 37,6% neste mês

A projeção do BC levou em consideração o dólar cotado a R$ 1,82, em setembro (Karen Bleier/AFP)

A projeção do BC levou em consideração o dólar cotado a R$ 1,82, em setembro (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2011 às 14h33.

Brasília - A alta do dólar vai ajudar a reduzir a dívida líquida do setor público este mês. O Banco Central (BC) espera que essa dívida corresponda a 37,6% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB), em setembro. Em agosto, esse percentual ficou em 39,2%.

A redução na dívida ocorre porque o país tem ativos em dólar. A projeção do BC levou em consideração o dólar cotado a R$ 1,82, em setembro. “Somos credores em moeda estrangeira, portanto o movimento de câmbio tem favorecido”, explicou o chefe do Departamento do BC, Tulio Maciel.

Para a dívida bruta, a estimativa do BC é chegar a 56,3% do PIB, neste mês. Em agosto, o percentual ficou em 56,1%.

Para o ano, o BC estima que a dívida líquida em relação ao PIB fique em 38,5%, contra 39% previstos anteriormente. Essa estimativa levou em consideração as projeções dos analistas do mercado financeiro consultados pelo BC para o dólar (R$ 1,68), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, em 6,52%), o Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI, em 5,77%), e a taxa Selic média (11,7% ao ano), além da estimativa do BC para o crescimento do PIB este ano (3,5%). Para fazer essa projeção, também foi considerado o cumprimento da meta de superávit primário este ano (3,1% do PIB).

Segundo Maciel, caso fosse levado em consideração o câmbio atual, acima de R$ 1,80, mais alto do que a previsão do mercado financeiro para o final do ano, a relação entre dívida e o PIB poderia ficar entre 37,5% a 38%.

A projeção para o déficit nominal, que são receitas menos despesas, incluídos gastos com juros, este ano passou de 2,5% para 2,4% do PIB. Para os gastos com juros, o BC revisou a estimativa de 5,4% para 5,6%.

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