Economia

Alta da Selic é perversa, diz Força Sindical

A entidade criticou a decisão do Copom de elevar a taxa básica de juros em 0,5 ponto porcentual, para 14,25% ao ano


	Sede do Banco Central: para a entidade, a alta "é extremamente perversa com os trabalhadores"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Sede do Banco Central: para a entidade, a alta "é extremamente perversa com os trabalhadores" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2015 às 22h48.

Brasília - A Força Sindical criticou nesta quarta-feira, 29, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros da economia brasileira em 0,5 ponto porcentual, para 14,25% ao ano.

Para a entidade, a alta "é extremamente perversa com os trabalhadores".

De acordo com a Força Sindical, ao elevar a Selic, o Copom continua colocando uma trava no desenvolvimento e no crescimento econômico do País.

"A alta é um verdadeiro balde de água fria na economia, que já está praticamente estagnada", aponta a Força Sindical, em nota.

"Avaliamos que o 'custo social e econômico' do uso da Selic no controle da inflação tem se revelado ineficiente e com um custo social muito alto para o País. Infelizmente, os dados da economia são pouco animadores. E a postura conservadora, por parte do governo, vem minando qualquer esperança de sua recuperação ainda para este ano", cita o texto, assinado pelo presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

Para a entidade, há uma política "de se curvar aos especuladores", resultando em queda da atividade econômica, deteriorando o mercado de trabalho e a renda, aumentando o desemprego, diminuindo a capacidade de consumo das famílias e comprometendo o crescimento econômico.

"Ao contrário da pregação dos rentistas, os trabalhadores consideram fundamental que o Comitê de Política Monetária continue perseguindo a meta de fazer a taxa de juros brasileira convergir com a praticada internacionalmente. O que exige cortes na taxa Selic, e não seu aumento", cita a nota da Força Sindical.

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