Economia

Alta da Selic aumenta dificuldades para empresas, diz CNI

A intensificação do aperto monetário pelo Copom, que reajustou a taxa básica de juros, aumentará dificuldades às empresas e criará entraves, segundo a CNI


	Indústria brasileira: taxa Selic foi reajustada para 11,75% ao ano
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Indústria brasileira: taxa Selic foi reajustada para 11,75% ao ano (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2014 às 20h30.

Brasília - A intensificação do aperto monetário, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, aumentará as dificuldades para as empresas e criará entraves para a retomada do crescimento econômico, de acordo com avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que defende o corte de gastos públicos para controlar a inflação, sem gerar desemprego.

Em nota, a CNI considera que o reajuste da taxa Selic – juros básicos da economia – para 11,75% ao ano terá efeitos negativos sobre o consumo e o investimento no curto prazo.

Para a entidade, somente mudanças na política econômica conseguirão segurar os preços e, ao mesmo tempo, reduzir os custos para o setor privado.

“A nova alta dos juros exige, simultaneamente, a adoção de uma política fiscal mais rigorosa, com a recuperação dos superávits fiscais e melhora na dinâmica da dívida pública. Com isso, o país poderá ter uma composição de política macroeconômica mais eficiente, com menores custos para as empresas”, destaca o texto.

A CNI reconhece, no entanto, que o aumento dos juros foi necessário para impedir que a inflação estoure o teto da meta, de 6,5% para este ano, num momento em que vários fatores pressionam os índices de preços.

“Neste momento, a preocupação do Copom é necessária, porque a inflação continua próxima do limite máximo da meta e há pressões por novos aumentos de preços, vindas das perspectivas de desvalorização da taxa de câmbio, dos reajustes das tarifas públicas e da elevação dos [preços dos] serviços”, ressalta o comunicado.

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